quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

UM ESTRANHO CASO DE VAMPIRISMO

Era uma noite quente de verão e ardia em meu intimo uma profunda inquietação. Sentia flertar com alguma loucura. Alguma absurda disposição do espirito me tentava com as promessas de um abismo.

Sai  á rua ardendo em febre. Meus pensamentos queimavam e guiavam meu corpo em direção a algum ato de puro delírio. Creio que naquele instante eu já não era quem era nas rotinas vazias de trabalho e sociedade.

Não me lembro dos detalhes. Apenas sei que eu simplesmente  estava nu sob aquela mulher vulgar de corpo escultural e maquiagem pesada. Também não tenho ideia de que lugar era aquele onde nos divertíamos. As paredes do quarto era vermelha e a cama redonda tinha lençóis e cobertas negras. Também havia quadros estranhos com figuras animalescas e bizarras em todas as paredes. Isso pouco me importava tamanho o prazer que me propiciava aquela foda exótica. Como sabia aquela rapariga mexer o corpo e saborear meu pau com a língua. Definitivamente jamais encontraria outra igual.

Alguma coisa dentro de mim tinha me conduzido a este evento que não sei direito como se materializou. Depois de mais de uma hora de pura e divertida orgia me deixei exausto e suado sob a cama enquanto minha apetitosa parceira tomava um merecido banho para tirar o suor. Depois daquilo sabia finalmente que a vida tinha um sentido. E ele era físico, concreto e ereto habitando entre minhas pernas como uma divindade.

Depois do banho ela se pôs ainda nua  diante de mim ao pé da cama e começou a falar. Não conseguia entender muita coisa do que dizia com sua voz rouca e sensual. Estava demasiadamente concentrado em seu perfume. Só sei que quando terminou de falar ela se aproximou de mim e se despediu com um beijo. Depois proferiu as seguintes palavras antes de piscar:
- Você não esquecerá jamais esta noite menino malvado. Mas ela tem um preço. Seu desejo será meu  para sempre. Como toda mulher, me alimento do desejo, do fato de ser cobiçada.
Aquilo para mim não fez o menor sentido naquele momento. Deixei ela ir e se quer me toquei de que não tinha lhe pedido o telefone. Mas se ela me encontrou, sabe-se lá como, certamente me encontraria novamente. Aquilo não terminaria ali. Foi o que pensei enquanto a via sair e me deixar sozinho naquele quarto.

Lembro de ter dormido um pouquinho. Mas quando acordei estava atrás da mesa de trabalho fazendo contas. Afinal eu era contador e vivia do numero dos outros. Sem pensar em nada cumpri minhas atividades e depois tomei o rumo de casa. Não conseguia parar de pensar naquela mulher misteriosa. Meu pau estava duro a horas. Mas sabia que nenhuma punheta iria abrandar aquele desejo.

Estava obcecado e não fazia a menor ideia de como ou onde encontrar aquela dona novamente.  Só sabia que precisava desesperadamente ir para cama com ela de novo e reprisar aquela hora maravilhosa que passamos juntos.
Foram dias intermináveis de agonia. No fim de semana não consegui sair de  casa. Estava nervoso, irritado. Acho mesmo que transtornado. Sai as ruas desesperado em busca da minha  apetitosa amiga.

De repente, lá estava eu novamente naquele quarto bizarro. Desta vez ela me beijava o corpo todo enquanto eu sofria calafrios de prazer. Foi então que ela fez uma pausa e me disse:
-Pois é meu querido. Você veio novamente até mim apesar de eu ter alertado o quanto isso seria fatal no seu caso. Agora não  posso fazer nada. Você simplesmente ira saber seu destino. Sei que não se lembra de nossa conversa. Mas agora você esta condenado a me querer para sempre e não viverá sem que eu lhe faça constantemente favores sexuais.

 Concordava com qualquer coisa que ela dizia. Fazia todas as suas vontades e mendigava todo tipo de atenção que ela podia me dispensar. Foi assim por quase um mês. Depois ela desapareceu para sempre. Eu sabia que terminaria assim. Apenas eu estava preocupado em ter prazer. Aquela mulher só queria o meu desejo. E agora ela o tinha de forma tão intensa que já não queria perder tempo comigo. Eu não era mais novidade e nem representava um desafio. Por isso ela me descartou.

Só me restou cortar os pulsos. Vejo o sangue esvaindo e me sinto cada vez mais cansado. Mas ofereço todo este sangue para aquela gostosa que me fez chegar a este ponto. Queria que ela o bebesse com  a mesma vontade que sugava meu esperma naquelas noites inesquecíveis.




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