Este blog tem por objetivo a critica a razão moderna tal como configurada pela Iluminismo e pelas revoluções industrial e francesa. Ocupa-se, portanto, das tendências culturais e estéticas ditas “irracionalistas”, representadas pelo Romantismo, pelo Simbolismo, Decadentismo, pela filosofia de Nietzsche e Schopenhauer e, posteriormente, pelas vanguardas estéticas européias da segunda dezena do século XX e finalmente o HEAVY METAL...
segunda-feira, 22 de julho de 2013
NOVO DIA
Vestido de otimismo
Ganhei as ruas
Em busca do meu destino
Certo de que nada
Deteria a Razão...
Já faz muito
Que vivi este dia.
Hoje ele não passa
De uma rôta lembrança
Que me dói na memória.
Toda aquela certeza
De um amanhã possível
Perdeu realidade
Com os golpes do tempo,
Através da dor dos atos quebrados,
Do coração partido
E da ingenuidade de minha
Empenhada vontade.
Tudo que busquei
Deu em perdido,
Tudo que fui
Não sobreviveu
Se quer a mim mesmo.
Tornei-me a caída sombra
De minhas vontades
De plena existência.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
AS DORES DO NOSSO SILÊNCIO
Não tive momento
Para dizer
Nossos dias
Enquanto o tempo
Morria
E nosso destino
Se perdia
Na agonia dos futuros
Que nos doíam
Por dentro.
Para dizer
Nossos dias
Enquanto o tempo
Morria
E nosso destino
Se perdia
Na agonia dos futuros
Que nos doíam
Por dentro.
quarta-feira, 17 de julho de 2013
FILOSOFIA DO GRITO
Há tantos gritos
Agitados
Tumultuando o silêncio
Que quase não escuto
Minha própria voz,
Não vejo o dia
E nem sei a concretude
Das coisas
Envelhecendo ao meu redor.
Apenas me engasgo
Com uma frase mal feita
Tropeçando
Em qualquer significado
Vago e inútil.
Agitados
Tumultuando o silêncio
Que quase não escuto
Minha própria voz,
Não vejo o dia
E nem sei a concretude
Das coisas
Envelhecendo ao meu redor.
Apenas me engasgo
Com uma frase mal feita
Tropeçando
Em qualquer significado
Vago e inútil.
terça-feira, 16 de julho de 2013
TEDIO
Um dia após outro
E a mesma rotina,
Os mesmos dias,
Incertezas
E buscas.
Nada transforma
Os acasos cotidianos.
Repito os mesmos erros
Em verdades vazias.
Corro de encontro
A mesma porta fechada
No absoluto limite
Da inconsistência dos fatos.
E a mesma rotina,
Os mesmos dias,
Incertezas
E buscas.
Nada transforma
Os acasos cotidianos.
Repito os mesmos erros
Em verdades vazias.
Corro de encontro
A mesma porta fechada
No absoluto limite
Da inconsistência dos fatos.
domingo, 14 de julho de 2013
APOLOGIA A ESCURIDÃO
A maioria das pessoas
Vive ofuscada
Pelo lugar comum
Da luz.
Vive da ilusão
Da boa ação
E da harmonia da mentira
Quando tudo que temos
É a solidão,
A treva
E a escuridão
Para inventar
Quem realmente somos...
segunda-feira, 8 de julho de 2013
FRAGMENTO DE REVOLUÇÃO LIBERTINA: PELA LIBERDADE DAS VADIAS.
A única verdadeira puta que existe e cotidianamente nos
seduz no lugar comum do lixo coletivo, atende pelo nome de sociedade, esta
partriacal imagem falocratica e ignóbil construída
sob a herança maldita da “sociedade de homens “ e misóginos da idade média.
Contra a auto masturbadora arte do machismo ainda vigente as
mulheres do além da lei afirmam a ambigüidade de sua liberdade contra o valores
e lugares comuns de um mundo brocha e sem futuro....
MULHERES FORA DA LEI : FRAGMENTO BY H.L.
MENCKEN in O LIVRO DOS INSULTOS DE H. L.
MENCKEN. Seleção, TR\dução e prefácio by RuyCastro. Companhia das Letras.
“Um dos principais encantos da mulher na sociedade humana
talvez seja o fato de que elas são relativamente incivilizadas. No cipoal de
repressões e inibições pueris que tenta enredá-las, continuam a mostrar um lado
cigano, meio fora da lei. Nenhuma mulher normal tem um pingo de interesse pela lei, se por acaso a lei se puser.”
INTIMIDADE DESFEITA
Esperava qualquer eco
Dos teus lábios
Ao meu desejo,
Não este encontro frio
E desfalecido
Que nos consumiu
Em vazios.
Nossa intimidade
Não foi além
De um olhar
De rua
Preso a distancia
Do infinito contido
Entre quatro paredes.
Dos teus lábios
Ao meu desejo,
Não este encontro frio
E desfalecido
Que nos consumiu
Em vazios.
Nossa intimidade
Não foi além
De um olhar
De rua
Preso a distancia
Do infinito contido
Entre quatro paredes.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
APELO AO INFERNO
Rasguem o véu,
Destruam toda realidade.
Abram as portas do inferno
E de toda maldade.
Que o mundo mergulhe
No caos
E as ruas se inflamem
Com a raiva do fogo
De nossas vontades.
Arrombem todas
As portas,
Enforquem o rei.
Ainda hoje transaremos
No altar mor
De alguma igreja.
Destruam toda realidade.
Abram as portas do inferno
E de toda maldade.
Que o mundo mergulhe
No caos
E as ruas se inflamem
Com a raiva do fogo
De nossas vontades.
Arrombem todas
As portas,
Enforquem o rei.
Ainda hoje transaremos
No altar mor
De alguma igreja.
QUEDA
Sonambulando
Pelas ruas escuras
Em busca de um grito
Me perdi dos fatos.
Recebi o abraço
Do nada
No caminho de um abismo
E fui levado por uma avalanche
de caos e vinho
Que me arrastou
violentamente
Em sua queda.
Pelas ruas escuras
Em busca de um grito
Me perdi dos fatos.
Recebi o abraço
Do nada
No caminho de um abismo
E fui levado por uma avalanche
de caos e vinho
Que me arrastou
violentamente
Em sua queda.
O QUASE ACONTECER DAS COISAS
O quase dos acontecimentos
Da vida,
O virtual dos fatos,
É tudo que efetivamente
Acontece em minha
Existência.
Estou sempre
A um passo
De qualquer coisa,
Na eterna expectativa
De encontrar
O outro lado do momento.
Nada para mim
Vai além disso
Na cristalização sombria
Do abismo do agora.
Da vida,
O virtual dos fatos,
É tudo que efetivamente
Acontece em minha
Existência.
Estou sempre
A um passo
De qualquer coisa,
Na eterna expectativa
De encontrar
O outro lado do momento.
Nada para mim
Vai além disso
Na cristalização sombria
Do abismo do agora.
CONTRA O TRATO SOCIAL
A formalidade cotidiana,
O trato humano,
Não diz a vida.
Revela apenas
A ilusão
Das certezas de humanidade
Que não valem
Um só momento
De franca e selvagem
Embriagues e orgia.
O trato humano,
Não diz a vida.
Revela apenas
A ilusão
Das certezas de humanidade
Que não valem
Um só momento
De franca e selvagem
Embriagues e orgia.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
DELIBERAÇÕES EXISTÊNCIAIS
Desisti de não querer viver as coisas que me sangram por dentro, de passar os dias acumulando inercias e engasgado com a própria vida.
Recusarei agora todo conformismo, todos os fatos consumados e sonhos frustrados que me assombram as vontades como se a felicidade fosse possível.
A partir de agora quero viver a mim mesmo; basta de ser vivido pelas coisas objetivas e externas como se não tivesse um pingo de sangue nas veias.
Sei que o mundo é um conjunto de negativas contra as quais levantarei minhas interrogações perplexas e exclamações nervosas. Estou ciente de que o futuro deu em silêncio e todos os horizontes estão perdidos.
Foda-se os fatos, daqui pra frente viverei do possível do improvável de mim mesmo.
Recusarei agora todo conformismo, todos os fatos consumados e sonhos frustrados que me assombram as vontades como se a felicidade fosse possível.
A partir de agora quero viver a mim mesmo; basta de ser vivido pelas coisas objetivas e externas como se não tivesse um pingo de sangue nas veias.
Sei que o mundo é um conjunto de negativas contra as quais levantarei minhas interrogações perplexas e exclamações nervosas. Estou ciente de que o futuro deu em silêncio e todos os horizontes estão perdidos.
Foda-se os fatos, daqui pra frente viverei do possível do improvável de mim mesmo.
NOITE DE HOTEL
Não me importava teu nome ou à noite. Apenas acontecemos naquele momento....
Eu e você naquele quarto afogando compartilhadas angustias por algumas horas de lascivo prazer.
Apenas não queríamos ficar sós naquela noite fria de inverno. Isso era tudo. Nenhuma ilusão de amor ou sentimentalismo romântico nos atrapalhava. Sabíamos exatamente o que não queríamos nas incertezas de estar vivo.
Era apenas uma noite.
Nossas imaginações estavam dormentes.
Eu e você naquele quarto afogando compartilhadas angustias por algumas horas de lascivo prazer.
Apenas não queríamos ficar sós naquela noite fria de inverno. Isso era tudo. Nenhuma ilusão de amor ou sentimentalismo romântico nos atrapalhava. Sabíamos exatamente o que não queríamos nas incertezas de estar vivo.
Era apenas uma noite.
Nossas imaginações estavam dormentes.
A ANGUSTIA DE TER COMPANHIA
Todos os diálogos possíveis são na realidade monólogos imperfeitos onde através dos outros nos distanciamos de nossas mais intimas necessidades.
Mas ninguém consegue se escutar plenamente fora do eco do outro. Por isso nos acompanhamos, como se a solidão que nos funda a própria individualidade fosse passível de superação. Ledo engano. Quanto mais palavras e experiências trocamos, maior se faz a angustia de estar entre os outros enterrado em si mesmo.
Não há escolha que nos transforme, nada que nos livre de nós mesmos. Estamos condenados a vagar perdidos pelo aleatório de cada dia até que a morte nos cale para sempre.
Mas ninguém consegue se escutar plenamente fora do eco do outro. Por isso nos acompanhamos, como se a solidão que nos funda a própria individualidade fosse passível de superação. Ledo engano. Quanto mais palavras e experiências trocamos, maior se faz a angustia de estar entre os outros enterrado em si mesmo.
Não há escolha que nos transforme, nada que nos livre de nós mesmos. Estamos condenados a vagar perdidos pelo aleatório de cada dia até que a morte nos cale para sempre.
CONTRA O AMOR
Vivemos tantas meias verdades
Na intimidade
De um quarto escuro
Que nos despimos
Inteiramente
De nos mesmos
Para sermos a ilusão
De um só.
Temíamos o nascer do dia,
A verdade proscrita
De nossa ardente ilusão...
quarta-feira, 3 de julho de 2013
CONFISSÕES DE UM IMPERFEITO INCOMPETENTE
A vida inteira fui imperfeitamente incompetente. Sobrevivi dando errado em tudo, avançando no tempo em sucessivas quedas, derrotas, decepções e desgostos.
Nunca estive entre os que foram felizes, entre os que ganharam medalhas ou foram aplaudidos por qualquer bobagem socialmente aceita.
Vivi maltrapilho e desagradável tendo como alimento apenas os restos das alegrias dos outros.
Não me perguntem quem sou ou o que busco. Não tenho nome nem ambições. Apenas constato os fatos e me engasgo com eles até quase me sufocar. Desde sempre assim tem sido...
Às vezes até acredito que tudo poderia ser diferente, que não devo me contentar com os cacos de nada que me definem o destino. Mas esta confortante ilusão não se sustenta diante da lancinante dor de sentir falta do que não existe, do que não pode ser e jamais será.
Soluções? Talvez a morte fosse uma solução caso morrer não fosse a privação absoluta das possibilidades. Apenas minha imperfeita incompetência me faz permanecer aqui de pé desnorteado entre as ruinas da minha própria vida.
Nunca estive entre os que foram felizes, entre os que ganharam medalhas ou foram aplaudidos por qualquer bobagem socialmente aceita.
Vivi maltrapilho e desagradável tendo como alimento apenas os restos das alegrias dos outros.
Não me perguntem quem sou ou o que busco. Não tenho nome nem ambições. Apenas constato os fatos e me engasgo com eles até quase me sufocar. Desde sempre assim tem sido...
Às vezes até acredito que tudo poderia ser diferente, que não devo me contentar com os cacos de nada que me definem o destino. Mas esta confortante ilusão não se sustenta diante da lancinante dor de sentir falta do que não existe, do que não pode ser e jamais será.
Soluções? Talvez a morte fosse uma solução caso morrer não fosse a privação absoluta das possibilidades. Apenas minha imperfeita incompetência me faz permanecer aqui de pé desnorteado entre as ruinas da minha própria vida.
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