segunda-feira, 31 de maio de 2010

BRANDA REVOLTA DE METAPALAVRA


Meus versos
Não guardam
Bons sentimentos,
Traduzem, sem querer,
Emoções arranhadas
E gritos no escuro
Em meio a tantas ilusões
Que definem o mundo...

Não espero mais das palavras,
Pessoas e coisas,
Do que um profundo corte
No etéreo corpo do pensamento
Inebriado pela sensualidade do cotidiano
Entre as sombras da realidade...

domingo, 30 de maio de 2010

SOBRE A FUTILIDADE DO AMOR


Nada tenho a dizer sobre o amor,
Sobre as ilusões
Da condição humana
Que turvam realidades
Em futeis eleições
De afeto.
Afinal,
O que é o amor
Além do abandono
De nós mesmos
No absurdo perde-se
Nas ilusões do outro?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A INTENSIDADE DA VIDA


O desconhecido, o mistério e o risco devem ser a essencia da existência... 
Pois viver é brincar com a morte, transcender o cotidianamente dado nos conformismos de tradições e religiões.
Cada ser humano é um suida heterodoxo no mero exercício de seu dia a dia; desde que autêntico e intenso...

domingo, 23 de maio de 2010

A COLETIVIDADE DAS PALAVRAS


Palavras sem rosto
Povoam o cotidiano de frases
Que cotidianamente
Jogo ao tempo
E aos outros
Sem grandes expectativas...

Nos artificialismos da condição humnana
Abandano-me a opaca fantasia
De mim mesmo
Em minha precaria existencia
Entre os outros...

LIXO NOTURNO



Reviro o lixo noturno
Buscando os restos
De antigas glórias diurnas.
Mas quase nada
Me encontra as mãos
Sujas de tempo
E migalhas
De míseras e prteciosas
Memórias.

Tropeçando em fatos
Sigo, então,
Minha própria sombra
Incerto da significação
Que veste  todas as coisas...

sábado, 15 de maio de 2010

sem premissas


Provisório e desarticulado
Abandono-me
Ao sabor do dia.

Pouco me importa
O acontecer das coisas,
As consequencias,
Destinos
Ou sentimentos
Despertados por aqualquer certeza
De ilusão e realidade
Ou vã interpretação do acaso.

Apenas sigo
Do nada ao nada
No sono de todo querer
E silencios de sonhos de felicidades...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

NOTAS SOBRE O TEMPO VIVIDO E PERDIDO


Viver é um ato contínuo de criação de si mesmo contra o tempo do relógio e dos fatos.
@
Tudo que sou é como um vento brando sobre os outros e pouco percebido...
@
O relógio me lembra que não posso parar o tempo e muito menos lembrar de tudo aquilo que vivi.
Pois todo significado de mim mesmo, condicionado pela memória, é relativo e parcial nos auto engano fundamental que define o ego como premissa do pensamento...
Isso justifica as permanências das religiões como resposta ingenua e afirmação  de um absoluto impessoal  que justificar o caos que define cada indivíduo...
Mas nosso maior desafio é a aceitação do caos...
@
O tempo é uma magia da consciência. Algo que não existe nas coisas e faz de todo fim concebivel um começo do nada de nossa infantil  demanda de continuidade...
@
Ser profundamente humano é ser um idiota que se nega como um animal exótico a ocupar um lugar bizarro na evolução das espécies terrestres...       

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A LOUCURA COMO VONTADE ABSTRATA



Tenho vontades
Que me doem
Nas viceras da alma
Feita carne e sangue.
Nada é mais animico
Do que um profundo desejo
Escrito nas convenções
De realidade...

Serei livre
No dia
Em que cuspir nos outros
No passeio público...  

domingo, 2 de maio de 2010

VARIAÇÃO SURREALISTA...


Contesto as verdades cotidianas
De parca existencia...
Desafio os pricipios
De sã sociedade...
Nada faz sentido, nada é significativo
E não dou valor ao lixo
De humanidades e sentimentos...
Bufo contra o infinito
E  contra o mediocre
Que ao meu lado se reduz
Ao absurdo de jornal e terno...

Peste Noire - Extrait Radiophonique D'antonin Artaud

Theatre of cruelty

voz de artaud

Dali Screen Test

INFERNO


O inferno é meu proprio intimo,
O impreciso existir em desejo
E vontade
Que me acorda em fogo
E liberdade.

O inferno é a certeza intensa
Da realidade
De cada ato de prazer
E busca de sensualidades...

O inferno
É tudo aquilo que
Radicalmente me faz ser...

sábado, 1 de maio de 2010

Slayer - Cult

Pantera - Drag the Waters

CONTEMPORANEIDADE


O mundo contemporâneo nos exige uma estética da existência; a construção da vida como obra de arte. O que pressupõe a existencia como um ato contínuo de imaginação e loucura, como um grito contra tudo aquilo que nos prende ao vazio das compartilhadas convenções diárias...
Em suma,
a embriaguez é a linguagem do contemporâneo...