A religiosidade representa uma
simplificação do universo em termos
demasiadamente humanos, pois o reduz a significações teleológicas e propósitos
que pressupõem a primazia do humano e de uma intencionalidade metafisica e
abstrata na natureza. Deste ponto de vista, nossa cultura contemporânea,
profundamente formatada pela tecnologia e por representações de mundo cada vez mais complexas, representa “um desvio”,
um desafio a qualquer imagem teológica de mundo que, coerentemente, toma como premissa uma visão
teocêntrica de mundo.
O universo, em sua complexidade,
contrariando a tradição, é indiferente ao fenômeno humano. A própria vida não
passa de um acidente sem qualquer
sentido. Toda nossa vaidade, sustentada por mitos e mais mitos sobre a origem
de todas as coisas, mostram-se cada vez mais risíveis.
Já não precisamos da ideia de
deus ou deuses para imaginar o universo.