Este blog tem por objetivo a critica a razão moderna tal como configurada pela Iluminismo e pelas revoluções industrial e francesa. Ocupa-se, portanto, das tendências culturais e estéticas ditas “irracionalistas”, representadas pelo Romantismo, pelo Simbolismo, Decadentismo, pela filosofia de Nietzsche e Schopenhauer e, posteriormente, pelas vanguardas estéticas européias da segunda dezena do século XX e finalmente o HEAVY METAL...
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
ESTADO DE SOCIEDADE
Os formalismos
de fino trato das relações banais me causam náuseas. Sei que polidez e educação
não são sinônimo de civilidade ou cordialidade. Pelo contrário, não passam de
artificialismos baratos para esconder o caos que nos define em sociedade.
A diversidade de apetites e ambições faz de cada um o adversário do outro. Por isso nos inventamos abstrações coletivas onde a ficção dos interesses comuns procuram inibir o que é próprio de cada um. Somos animais complexos, instintivamente doentes e mentalmente desequilibrados.
É surpreendente que ainda não tenhamos nos auto exterminado em um grande e generalizado espetáculo de civilizada barbárie.
A diversidade de apetites e ambições faz de cada um o adversário do outro. Por isso nos inventamos abstrações coletivas onde a ficção dos interesses comuns procuram inibir o que é próprio de cada um. Somos animais complexos, instintivamente doentes e mentalmente desequilibrados.
É surpreendente que ainda não tenhamos nos auto exterminado em um grande e generalizado espetáculo de civilizada barbárie.
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
A INVENÇÃO DO HUMANO
Domesticamos o
tempo
Lhe impondo os
fatos
E o brilho de
nossas experiências.
Inventamos a
vida como conceito
E vivência.
No ato de
nossos pensamentos
Existimos
Mais do que
qualquer outro animal
Sobre a face da
terra.
Criamos o
humano,
A História e o Cosmos.
Somos o verbo,
O sangue e a
carne.
ESTOU VOANDO
Escrevo que
estou voando.
E, neste exato
momento,
De fato estou
voando
No abstrato
intimo acontecer
Desta única frase.
De algum modo,
Sei que estou
voando
Porque,
simplesmente,
Ousei escrever
isso.
O voar é um
verbo.
O dizer é o
ato.
A gramática
possui sua própria realidade.
Estou voando
neste instante.
E isso é
tudo...
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
SEM DÓGMAS
Nunca acredite
em autoridades públicas,
Grandes verdades
e finais felizes.
Cultive a cética
virtude
De duvidar até
de si mesmo.
Permaneça a
margem de todos
Os caminhos e
encantos.
O lado de fora
das paixões
E das convicções
É muito mais
vasto
Do que o
estreito de qualquer certeza.
Nele, cabe
todas as imaginações
E um belo sorriso
de liberdade.
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
NOSSA MISERÁVEL CONDIÇÃO HUMANA
O que é o humano além do múltiplo
que se nega plural
Através da fantasia
Do uno e do verdadeiro?
que se nega plural
Através da fantasia
Do uno e do verdadeiro?
O humano é uma ilusão que nos inventa a verdade,
Um grande equívoco gramatical
Ignorado pela silenciosa senhora natureza.
Um grande equívoco gramatical
Ignorado pela silenciosa senhora natureza.
Que grande piada, afinal, é a condição virtual do humano!
Nada explica o orgulho do animal
Que inventou para si mesmo
A dignidade de uma vontade universal!
Que inventou para si mesmo
A dignidade de uma vontade universal!
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
PELA LIBERDADE DE IMAGINAÇÃO
Precisamos nos libertar de vez da
vontade de verdade, desta compulsiva mania de saber ,que nos inventa sempre a realidade
de forma mais realista do que a própria vida. Inspirando-nos, ainda, em
Nietzsche, precisamos superar a metafisica dos valores, estabelecer de modo
definitivo a genealogia de todas as verdades e sepulta-las de uma vez por todas!
O velho ideal de um “mundo
verdade” não para de ser questionado pela virtude do falso que nos ensina todas
as artes. Afinal, o não verdadeiro é um artificio contra as artimanhas do
pensamento e seu febril “platonismo”. Mesmo que todo otimismo cientifico e
disciplinar diga o contrário.
É preciso que a estética e não a consciência erudita afirme a existência hedonista como o mais salutar remédio contra os males e sisudez do espírito.
É preciso que a estética e não a consciência erudita afirme a existência hedonista como o mais salutar remédio contra os males e sisudez do espírito.
O enrijecimento das praticas de
vida através do conformismo acrítico a juízos e comportamentos miméticos /normativos,
adoecem o intelecto, o reduzem ao fanatismo da deusa razão, elevando-a sobre
todos os mitos da representação e do objetivismo oco. A sedução dos enunciados
fáceis nos reduzem a “sujeitos assujeitados”, pobres diabos entorpecidos pela
solenidade das gramaticas e das mais abstratas representações mundo.
Mas o que somos além de
inventores de ilusões, sem a meta natureza das elucubrações estéticas da boa
ficção? Não passamos de animais dotados de imaginação que sabem o riso como a
mais elevada expressão da filosofia.
Toda realidade é um exercício de
linguagem onde nos debruçamos atônicos sobre o ser das palavras!
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
SAUDADES DO QUE NUNCA FOI OU SERÁ VIVIDO
Entre a memoria e o sonho a vida prossegue
em seus vazios. Mesmo sem sentido segue sempre um novo dia, mesmo que sem
encanto e pleno de nostalgias. Sou saudoso de tempos jamais vividos, mas que
ecoam dentro de mim como as imagens de um filme antigo.
Como me faz falta aquela vida que
me foi impossível! A realidade sempre foi a pior parte da verdade do meu ser
vivido!Em que parte de mim se perdeu o sonho?
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
O ENIGMA DE UM ACONTECIMENTO
A matéria da vida é o acontecimento. Mas o que é um acontecimento? Seu lugar é impreciso como tempo e espaço de experiência.Pois um acontecimento é sempre consciência de alguma coisa que nos reduz a objeto de nossa própria ação cognitiva. Assim, na medida em que de alguma forma participamos do acontecimento, a questão formulada perde seu sentido, pois não podemos ter a experiência da consciência da consciência e, portanto, definir um acontecimento quando reduzidos ao próprio acontecimento.
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