Entre o discurso e a voz
Eu existo em silencio,
Incomunicável e invisível aos
meus contemporâneos.
Sou o único a saber realmente de
mim.
Existo apenas na ausência dos
outros,
No tedio de ser e ficar ali sem
propósito
Observando o tempo passando.
Não tenho nada a dizer.
Pouco esclarecem o mundo
Todos os saberes possíveis,
Religiões e intuições.
Aprendo mais com o silencio,
Com o nada das minhas
imaginações.
Deixo aos outros a
responsabilidade
De inventarem significados e
propósitos
Para nossos atos tropeçando na própria voz
E engasgando com longos
discursos.
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