No saber da vertigem do abismo,
Ser onde me livro de mim mesmo,
Onde me torno singularidade,
Estranho...
Paradoxo...
Impreciso...
Multiplo e Intempestivo.
Onde não há julgamentos,
Verdades,
Na transcendência do ridículo de toda moral,
De qualquer definição do bem e do mal.
Quero ser livre onde algo em mim respira,
Onde me reconheço
Na impossibilidade do possível,
No enigma do outro
Que através de mim
Inventa a vida.