terça-feira, 13 de dezembro de 2016

NÃO SEJA COERENTE

Nunca me importei muito em ser coerente. Afinal, o que significa este negócio idiota de ser coerente? Seria corresponder a todas as expectativas das pessoas que te enxergam através de um rótulo? Ou, pior ainda, será seguir alguma cartilha moral, bancar o bitolado capaz de saber as coisas por uma única perspectiva?

Não faz qualquer sentido para mim viver de alguma identidade. Sou coerente apenas  com meus impulsos, com minhas contradições e caprichos.  Pouco me importo com o que esperam de mim. Muitas vezes seguir uma intuição pode ser decisivo.

Ser coerente, por outro lado,  é ser lógico e previsível. Por isso não passa  de uma grande burrice. Pois nos tira a liberdade de tomar decisões novas, fora do roteiro pré estabelecido por nossos referenciais de verdade.  Assim, desaprendemos o improviso, a inovação.

A incoerência representa muitas vezes um impulso saudável para a mudança e exame dos fatos e situações através de múltiplos pontos de vista.


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