quarta-feira, 30 de agosto de 2017

VIDA EM SOCIEDADE

Viver em sociedade é um tédio.
Quando não é um tédio
É um suplício.
O coletivo é o  império do absurdo.

Nada leva a nada,
Tudo é terrível,
Sem sentido
E nos conduz a demência.

A vida é um exercício ingrato

Que nos faz desgraçados.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

MINHA REALIDADE


SER


felicidade


VIDA DANIFICADA

Entre as obrigações sociais e a evasão de pequenos prazeres domésticos, nos distanciamos de qualquer representação de uma vida plena. Afogados no danificado cotidiano das urgências contemporâneas, vivemos a margem de nós mesmos, com a consciência mergulhada no fluxo das significações rasas, nos usos miméticos dos objetos cotidianos que se converteram em artifícios de existenciais.


Tudo se resume ao paradoxal consumo de nossas próprias e artificiais necessidades. O não ser materializou-se como  um ethos hedonista que nos escraviza ao não ser de nosso acontecer coletivo.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

QUANDO A SOCIEDADE SE TORNA UM MODO DE SOCIALMENTE NÃO SER

Entre as obrigações sociais e a evasão de pequenos prazeres domésticos, nos distanciamos de qualquer representação de uma vida plena. Afogados no danificado cotidiano das urgências contemporâneas, vivemos a margem de nós mesmos, com a consciência mergulhada no fluxo das significações rasas, nos usos miméticos dos objetos cotidianos que se converteram em artifícios de existenciais.

Tudo se resume ao paradoxal consumo de nossas próprias e artificiais necessidades. O não ser materializou-se como  um ethos hedonista que nos escraviza ao não ser de nosso acontecer coletivo.



NONSENSE


VIRTUALIZAÇÃO

Nosso mundo se reduziu a imagens flutuantes em uma tela. Através dela transcendemos nossos corpos e a concretude das coisas. A consciência já não tem mais limites. Pode estar em todas as partes sem estar em parte alguma através do fluxo de imagens e significações soltas que povoam o virtual.

Sou hoje neste outro de mim mesmo que frequenta o insólito, o impreciso e perene inconstante do meio digital. Nossas epistemologias cotidianas não são acadêmicas. Se quer são formuladas no ato de seu exercício mudo. São o prenuncio de inteligências artificiais. Anunciam o triunfo do artifício e a  redescoberta do corpo como carne e signo.


A CONSCIÊNCIA DO TEMPO PRESENTE

O futuro tornou-se inacessível aos amantes do presente, estes conformados filhos do passado que se tornaram escravos de uma consciência histórica. Mas o passar do tempo não tem significado, é puro devir sem sentido que nos devora. Afinal, o presente já não possui fronteiras definidas. Pelo contrário, seu território se torna cada vez mais amplo. O tempo já não passa como antigamente. Pode—se mesmo dizer que ele já não é tão definível. Vivemos da sucessão do efêmero, do imediato e raso do dia  a dia. Nossas preocupações tornaram-se modestas em relação a História.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017


DESESPERO


A IMPOSSIBILIDADE DO AUTO CONHECIMENTO


O imperativo moderno do autoconhecimento nos afasta do deslocamento ontológico através das coisas. Remeto com isso ao mais simples e elementar devir da existência que transcende as normas  e interdições do Ser como fundamento racional. O devir é acaso e  movimento onde não existe qualquer dicotomia entre sujeito e objeto. Logo, não se circunscreve aos limites da razão.

Em lugar do entendimento daquilo que somos cabe buscar aquilo que poderíamos ser em um exercício estético da banalidade da mera existência imediata. Afinal, o que é o entendimento de si mesmo a não ser a invenção de um duplo discursivo que em seu dizer já é simulacro de nós mesmos?

Eu não posso me compreender, pois toda compreensão é onde me consciência se apequena em formulas e sentenças fechadas que não me sustentam.



segunda-feira, 7 de agosto de 2017

MUDANÇA

Não cometerei os mesmos erros de ontem.
Irei me tornar outra pessoa,
Matar a mim mesmo
Em vida e pensamento.
Transformar meus atos,
Compulsões e angustias
Em qualquer outra coisa
Que combine com vinho.
Amanhã serei outro,
Desbravarei outros caminhos,
não sei se tinto, seco e suave.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

SOB A LEI DA VERDADE

As pessoas nunca estão prontas para admitir seus erros e, nem mesmo, seus pequenos equívocos. Foram educadas para estarem sempre com a verdade. Mas a verdade esta sempre do lado de quem afirma qualquer coisa com tal. Os mais ferrenhos adversários sempre estão do mesmo lado: o da verdade. Talvez a verdade não seja digna de muita confiança, pois todos a estão dizendo, das mais antagônicas maneiras, em todas as partes. Todos e ninguém estão sempre dizendo a verdade....

EXTRATERRITORIAL

Nada daquilo que pode ser reduzido a palavra é digno do extra territorial do verbo. O que buscamos é  a extrema expressão do discurso livre, não domesticado pelo inteligível de um sentido. A vida não cabe em qualquer palavra. Só tem real expressão através do grito.

Então desconstruam todas as paredes e descubram suas florestas. O lado de fora de si mesmo é tudo que existe em devir,  caos e delírio.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

PEQUENOS DESASTRES COTIDIANOS

Tenho medo da banalidade das pequenas brutalidades cotidianas.

Elas acontecem o tempo todo e em todas as partes. Mas poucos são os que notam.

Falo daqueles pequenos atos e gestos de absoluta desconsideração do outro e de si mesmo na objetivação das situações, na afirmação de verdades, certezas e absolutismos de opinião.

As vezes palavras atrapalham pessoas que tropeçam em convicções.