O imperativo moderno do autoconhecimento nos
afasta do deslocamento ontológico através das coisas. Remeto com isso ao mais
simples e elementar devir da existência que transcende as normas e interdições do Ser como fundamento
racional. O devir é acaso e movimento
onde não existe qualquer dicotomia entre sujeito e objeto. Logo, não se
circunscreve aos limites da razão.
Em lugar do entendimento daquilo
que somos cabe buscar aquilo que poderíamos ser em um exercício estético da
banalidade da mera existência imediata. Afinal, o que é o entendimento de si
mesmo a não ser a invenção de um duplo discursivo que em seu dizer já é
simulacro de nós mesmos?
Eu não posso me compreender, pois
toda compreensão é onde me consciência se apequena em formulas e sentenças
fechadas que não me sustentam.