sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

MEU INFINITO NÃO EU DESEJO

É O DESEJO QUEM INSPIRA A VONTADE,
FAZ SANGRAR O HUMANO
NA REALIDADE DO NÃO VERBAL
 QUERER MANIFESTO
EM EXISTÊNCIA DE CARNE...

É O DESEJO QUE
EM UM GRITO ABSTRATO
TE CHAMA COM URGÊNCIA
PARA EXPLODIR TODA EXISTÊNCIA
NO  ABSOLUTO ATO DE QUERER...

É O DESEJO...
ESTE MEU INFINITO NÃO EU...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

VIDA E AUTENTICIDADE


Procuro fazer
A vida
Digna apenas
De mim mesmo
Em cada perdido
Passo
Na rua suja...
Não me importam
Os outros
Ou as verdades coletivas.
Busco apenas
O prazer de existir
Em tudo aquilo
Que meramente
Vivo
Sempre acima
Do bem e do mal... 

A EXPERIÊNCIA DO IRRACIONAL

Sob o rotulo de irracionalismo abrigamos um sem numero de experiências humanas: medos, desejos, insatisfações, inseguranças, raivas, tristezas, fantasias, delírios, etc.. que, de um modo superficial, encontram um lugar comum na passionalidade e emoção despertadas por diversas circunstancias inerentes a vida humana.
Assim, o irracional é, em todas as suas manifestações, visto como o avesso da ordem e da racionalidade, como o errado que justifica certa idealização do que consideramos “certo”.
Tendo,entretanto, a questionar tal concepção estreita de irracional já que não somos dotados de nenhuma razão inata ou natural. Na exata medida em que a racionalidade da vida é uma invenção, uma construção cultural, o irracional não se define como o seu contrário, mas como seu complemento obscuro.
É através dele, da experiência do não sentido, do ilegível e espontâneo que mais intensamente vivemos a vida em sua autenticidade e os limites das verdades nas quais nos habituamos a acreditar como dados da realidade e não como artifícios da imaginação humana...
Evidentemente, procurei aqui não entrar no mérito de certas discussões filosóficas inspiradas pelo debate em torno da filosofia da ilustração...   
  

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

PRAZER E VIDA


A BUSCA PELO PRAZER É O ÚNICO SENTIDO AINDA POSSÍVEL PARA A VIDA. POR ELE SACRIFICAMOS TUDO, APOSTANDO QUE PODEMOS LIDAR COM  O PESO DA CERTEZA DA MORTE ATRAVÉS DA MIGALHA DE CADA CONQUISTA MATERIAL E ONIRICA DE UM PEDAÇO VIVIDO DE MUNDO...INFELIZMENTE, NADA É PERFEITO.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

INCERTEZA

UM ÚNICO ENGANO
PODE MUDAR
SUA VIDA
NO DESCUIDO
DE UM SÓ SEGUNDO.

POIS EM TODO ATO
QUE VIVEMOS
NÃO HÁ QUALQUER
DIFERENÇA
ENTRE O TUDO
E O NADA...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

VONTADE ABSOLUTA

Sonhos rasgam
Por vezes
A carne
Sentimentos
Sentidos
E paisagens
Gritando a desesperada
E metafísica Fome
De explodir em prazeres
Até acender o mundo
no vermelho fogo
da mais intima e irracional
vontade...

UM BOM TEXTO SOBRE HEAVY METAL E CULTURA SOCIAL



HEAVY METAL E ATITUDE
O heavy metal, diferente de outros movimentos, como o hip-hop e o punk, não possui qualquer embasamento político ou social. Na verdade, o heavy metal não apresenta características de um verdadeiro movimento, ele se justifica em sua própria essência – o heavy metal enquanto estilo musical.

É em torno da música que os metaleiros se unem e se reúnem. Ela está presente em quase tudo, desde as conversas com os amigos aos sonhos de ser um verdadeiro rock star, já que tamanha paixão pelo heavy metal acaba despertando, quase que inevitavelmente, o interesse pelo aprendizado de algum instrumento tocado em uma banda do estilo.

Mas será então que a atitude heavy metal está restrita tão somente no interesse musical que ele desperta? O que dizer das roupas pretas, dos acessórios, das tatuagens, do cabelo comprido etc? É certo que tais adornos não são utilizados por todos aqueles que gostam do estilo e que, de certa forma, fazem um pouco parte do estereótipo do metaleiro mas, no final das contas, é mais um jeito de demonstrar o gosto pelo heavy metal para as outras pessoas.

Algumas vezes, justamente em razão dessa “aparência” de metaleiro, agressiva para certas pessoas, acabamos por despertar preconceitos contra o heavy metal. Somos tachados de drogados, baderneiros, satanistas e outros adjetivos piores. Porém, há o outro lado do preconceito – o preconceito dos metaleiros com “aparência” de metaleiro em relação aos que não possuem esta aparência ou estilo. Muitas vezes, estes últimos são considerados “playboys” ou “pagodeiros” pelos primeiros porque não têm cabelo comprido ou usam terno e gravata.

Diga-se de passagem, existem metaleiros de terno e gravata que são muito mais metaleiros do que outros exemplares com cabelo na cintura, roupa preta e tatuagem.

Heavy metal é, antes de tudo, liberdade. É um estilo musical livre das amarras mercadológicas do mercado fonográfico. Esse tipo de preconceito, descabido e voltado à estereotipagem não condiz, absolutamente, com a boa atitude dos amantes do metal verdadeiro.

E o que poderíamos dizer sobre aquele tipo de pessoa que só tenta, a todo momento, se afirmar como um verdadeiro metaleiro, dizendo que só querem “banguear” e curtir um som, como se isso fosse a razão e a justificativa para tudo na vida? Estes são o pior tipo, com certeza. Usam sua máscara de metaleiros “autênticos” para escapar de seus problemas e responsabilidades e são suficientemente bitolados para ignorar a existência de outras músicas de qualidade que não sejam heavy metal.

Para que tenhamos uma atitude verdadeira e saudável, devemos esquecer os rótulos, preconceitos e estereótipos, valorizar a boa música, independente de estilos e, sobretudo, “apoiar o metal nacional”, pois só valorizando o que é nosso e fortalecendo o underground conseguiremos formar as bases para que o heavy metal nunca deixe de ser a força poderosa que ele é.



O texto foi retirado do site
www.heavymetalbrasil.com.br, e não possui identificação de autor

A VERDADE COMO FALÁCIA


O  verdadeiro e o falso
Dependem
Das opções que fazemos.
Pois não pode
Deus algum impor aos homens
Verdade que se sustente eterna
E imutável.
Tudo que existe
Acontece em ininterrupto devir,
Em criativa incerteza
E implacável e obscuro absurdo...

   

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ANTONIN ARTAUD : MITO E NOVA RELIGIOSIDADE


Para Antonin Artaud o teatro é mais do que uma arte,  é uma metafísica onde se refaz a vida através do seu duplo,  uma cosmogonia invertida na materialidade do símbolo vivido como rito e gnose,  em que o delírio emerge como forma de conhecimento e o próprio corpo explode e se refaz como vitalidade alucinada e alucinante.
Sei o quanto tal afirmação carece de rigor e precisão. Mas não há como expressar a força do mito que se tornou Antonin Artaud  sem recorrer a uma codificação irracional do discurso que se torne em si mesma mera manifestação/ arreemedo do próprio mito que busca dizer.
Martin Esslin, em seu breve ensaio introdutório as idéias de Artaud para “coleção Mestres da Modernidade” procurou resgatar sua singuralidade como fundador de um mito, de uma nova religiosidade, como é claro na seguinte passagem:
“... os cultos através dos quais a energia psíquica de Artaud se mantém intensa e ativa talvez sejam, em si mesmos, tolos, superficiais ou intelectualmente frágeis. Isto não significa que um deles não possa, enquanto se consolida uma tradição a seu redor, transforma-se gradualmente numa poderosa corrente, torna-se base de uma religião qualquer. A Historia conhece exemplos desta espécie de fenômeno.
Em nível mais mundano e secular, porem, Artaud, ao contrário de outras personalidades em torno das quais se tem desenvolvido cultos, é único na plenitude da documentação que proporcionou de sua vida e pelas implicações gerais, fascinantes, de seu caso. Na integralidade de sua auto revelação, ele junta-se ao grupo seleto de grandes mestres do gênero que não pode ser classificado como simples arte, mas é apresentação completa da própria experiência da vida humana: Pepys, Casanova, o Marques de Sade, a Marquesa de Sévigné, Boswell, Horace Walpole...
A Artaud falta à serenidade e a calma interior da maioria desses- o Marques de Sade é a exceção obvia- mas, por outro lado, ele apresenta a anamnese psicológica- ou mesmo psicopatologica- mais extravagante de todas. Viu-se a si mesmo como mais um na longa linha de poetes maudits  : Hoelderlin, Baudelaire, Nerval, Lautremont, Nietzsche. E certamente tinha razão. Contudo, nenhum destes deixou uma documentação tão completa e esclarecedora sobre si mesmo como a que Artaud legou a posteridade.
Artaud, porém, transcende a categoria dos poetes maudits, assim como a dos grandes auto-reveladores. Pelo que lhe diz respeito, ele fornece uma imensa riqueza de vislumbres minunciosos e penetrantes de um tipo humano da maior importância na História, um fascinante anacronismo em nossos tempos, porem tão mais valioso, pelo material que nos fornece sobre esta espécie de personagem de influencia crucial: o personagem, entende-se, do “Bobo Santo”, Artaud teve a má sorte de haver nascido numa época que entrega indivíduos dessa categoria a manicômios. Em outras épocas, ele talvez  tivesse sido um xamã, um profeta, um alquimista, um oráculo, um santo, um professor gnóstico ou, quem sabe, o fundador de uma nova religião. A intensidade de sua emoção, a profundidade   de seu comedimento, o rico fluxo de sua faculdade de gerar mitos, a eloqüência de sua linguagem, seu ímpeto todo poderoso de criar ritual ( pois esta era, essencialmente, a natureza de seu fanatismo pelo teatro), a aterradora violência de sua invectiva, a grandiosa loucura de sua exaltação, tudo isso estava presente em personalidades que, em outras épocas, foram  reverenciadas, adoradas e martirizadas como receptáculos de poderes divinamente inspirados ou diabolicamente possuídos que transcendiam os limites da simples humanidade.”
( Martin Esslin. Artaud. Artaud/ tradução de James Amado; SP: Editora da Universidade de SP; 1978; p. 109)
A obra de Artaud  pode ser considerada um grande enigma do século XX, porque, de muitas maneiras, parece não pertencer a ele, remetendo ao impessoal de uma reinvenção mítica, arcaica e atemporal  da vida que não parecia crível em  tempos de tão avançada secularização das representações de mundo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

ALGUMAS FRASES DE ARTHUR RAMBAUD

"O poeta faz-se vidente através de um longo, imenso e sensato desregramento de todos os sentidos."
@
"A moral é a debilidade do cérebro."
@
"Vida é a farsa em que todos têm que atuar."
@
"A nossa pálida razão esconde-nos o infinito."

Arthur Rambaud

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SOBRE SILÊNCIO E INSTINTO


O que há de mais verdadeiro no silêncio é a possibilidade de gritar inércias diante de uma situação absurdamente imposta como objetividade...
Quanto maior a objetividade, menor nossas escolhas e os limites de nossa humanidade.  Eis a premissa de qualquer reação animal ou irracional em qualquer ser humano...
Todo silêncio é mais que o vazio de dizer...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Richard Dawkins - Fé e Ciência

AFORISMAS SOBRE A FALÁCIA DA IDEIA DE FELICIDADE



A vida é uma questão de   mera sobrevivência.
@            
Não existe alegria sem embriaguez.
@
A felicidade é a ilusão dos tolos,
A alegria a recompensa dos sábios.
@
A  perfeição é companheira do tédio
@
A felicidade é  experiência pueril de uma miragem
@
Toda satisfação é provisória; um vício...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011