com os olhos fechados,
quando estamos despidos das evidências
de um dia claro,
E provamos a intensidade
das noites mais densas.
É preciso tatear no escuro,
adivinhar o futuro,
como um território novo e incerto
onde revelam-se inúteis
os lugares comuns da experiência.
Criar o inédito
exige a astúcia dos cegos
na orquestração dos sentidos
através da virtude da ignorância.