É preciso enxergar além dos
limites do racional o obvio e imediato caos que somos em atos e pensamentos.
Ainda hoje, quando todas as certezas perambulam moribundas, ainda mantemos o mau
gosto da racionalidade estreita e incapaz de se submeter a critica do espelho.
Somos a pior versão do melhor de
nós. Ainda nos iludimos com a civilização e acreditamos que estamos seguros e
caminhando a passos largos para o futuro. Mas quanto desprezo me desperta a
humanidade... esta invenção fantasiosa que ainda permite a sobrevivência da
espécie apesar de sua vocação ao desastre.
A cultura é o anti natural e o
anormal através do qual nos arruinamos e nos inviabilizamos como bons animais.
Agora nos resta replicar nossos delírios de razão e progresso pelo universo
inteiro. Precisamos superar toda ideia de natureza, todo geocentrismo,
teocentrismo e outros ismos que sustentaram e ainda sustentam o logus, a razão substantiva e a
instrumental que nada mais valem no jogo ontológico de existir em meio acasos e
paradoxos.
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