domingo, 31 de outubro de 2010

MARILYN MANSON :: This Is Halloween

HALLOW EVENING



Todos os meus mortos
Choram agora
Na memória
De abstratas heranças
De existências perdidas
E perpetuadas
No inútil da lembrança.

Dolorosamente
Coloco-me entre os mortos
Desfazendo o tempo
E o espaço  
No estático
Dos meus próprios atos...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

sobre o existir

Entre a madrugada e a manhã seguinte, escrevem-se primaveras, desejos e vontades de absoluto mundo entre nossas mãos...
Pois tudo é devir e ilusão a construir indagações de consciência e de pensamento enquanto mergulhamos no profundo de cada momento de existência...

A MORTE E O CORPO



A morte não existe
Fora do corpo calado
E estático
Abandonado
Entre as coisas.

Resume-se
A concreta realidade
E presença de um cadáver...

Nada mais além
Ou através dele.

A morte é simplesmente o silêncio
Físico e concreto
Que nos desafia a sobrevivência...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

BREVE APOLOGIA AO CORPO


O mundo trafega entre o absurdo e o anedótico de cada dia, entre a ilusão de um "eu" que se despe coletivamente vivido enquanto paradoxalmente buscamos o instinto e evasão do prazer de cada momento sentido e ferido no corpo que é tudo que somos...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Slayer disciple

REBELDIA E ALTERIDADE


É preciso vomitar sobre as pessoas  nossa bílis de mundo até expulsa-las de dentro de nós mesmos respirando nosso mais intimo e distorcido eu em cada quebrado pedaço de realidade. Só assim nos reconhecemos no vazio e ilusão do espelho...
Pois só nos tronamos quem somos através da pluralidade de outros com os quais nos relacionamos  no muito além das certezas coletivas e artificiais codificações da existência através de igrejas e sociedades...

NO AVESSO DO ESPELHO


Mundos habitam o espaço
Entre a parede e o espelho,
Revelando
Complexos Infinitos
Espalhados no quase nada
De um corte
Na pele morta de
Realidades inacabadas.

Elas duram milênios
Na profunda aventura
De um segundo.

Duram o suficiente
Para que eu surpreenda
No chão
Meu rosto caído e amassado.

domingo, 17 de outubro de 2010

MELANCOLIA DE FIM DE TARDE


A luz morta
De um sol de crepúsculo
Torna a paisagem triste,
Apaga a alma das coisas,
Desbota as horas
Inventando noites,
Vazios e sonhos...
Quase não existo
Afogado
Na paisagem triste...

sábado, 9 de outubro de 2010

ALÉM DA SOCIEDADE


O cotidiano dizer
De vazios
Que define
O estar entre os outros
Em ilusões de sociedade
Jamais me bastou.

Preciso sempre
Respirar selvagem
A radicalidade das sensações de mundo,
Marcadas no corpo
Em uivos de prazer e de dor...