Este blog tem por objetivo a critica a razão moderna tal como configurada pela Iluminismo e pelas revoluções industrial e francesa. Ocupa-se, portanto, das tendências culturais e estéticas ditas “irracionalistas”, representadas pelo Romantismo, pelo Simbolismo, Decadentismo, pela filosofia de Nietzsche e Schopenhauer e, posteriormente, pelas vanguardas estéticas européias da segunda dezena do século XX e finalmente o HEAVY METAL...
domingo, 31 de outubro de 2010
HALLOW EVENING
Todos os meus mortos
Choram agora
Na memória
De abstratas heranças
De existências perdidas
E perpetuadas
No inútil da lembrança.
Dolorosamente
Coloco-me entre os mortos
Desfazendo o tempo
E o espaço
No estático
Dos meus próprios atos...
sábado, 30 de outubro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
sobre o existir
Entre a madrugada e a manhã seguinte, escrevem-se primaveras, desejos e vontades de absoluto mundo entre nossas mãos...
Pois tudo é devir e ilusão a construir indagações de consciência e de pensamento enquanto mergulhamos no profundo de cada momento de existência...
A MORTE E O CORPO
A morte não existe
Fora do corpo calado
E estático
Abandonado
Entre as coisas.
Resume-se
A concreta realidade
E presença de um cadáver...
Nada mais além
Ou através dele.
A morte é simplesmente o silêncio
Físico e concreto
Que nos desafia a sobrevivência...
sábado, 23 de outubro de 2010
SOBRE A FEIURA DO HUMANO
Nada me diz mais profundamente o vazio do acontecer das coisas do que a característica feiúra de um rosto humano desfeito em qualquer cultura de falsa animalidade...
terça-feira, 19 de outubro de 2010
BREVE APOLOGIA AO CORPO
O mundo trafega entre o absurdo e o anedótico de cada dia, entre a ilusão de um "eu" que se despe coletivamente vivido enquanto paradoxalmente buscamos o instinto e evasão do prazer de cada momento sentido e ferido no corpo que é tudo que somos...
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
REBELDIA E ALTERIDADE
É preciso vomitar sobre as pessoas nossa bílis de mundo até expulsa-las de dentro de nós mesmos respirando nosso mais intimo e distorcido eu em cada quebrado pedaço de realidade. Só assim nos reconhecemos no vazio e ilusão do espelho...
Pois só nos tronamos quem somos através da pluralidade de outros com os quais nos relacionamos no muito além das certezas coletivas e artificiais codificações da existência através de igrejas e sociedades...
NO AVESSO DO ESPELHO
Mundos habitam o espaço
Entre a parede e o espelho,
Revelando
Complexos Infinitos
Espalhados no quase nada
De um corte
Na pele morta de
Realidades inacabadas.
Elas duram milênios
Na profunda aventura
De um segundo.
Duram o suficiente
Para que eu surpreenda
No chão
Meu rosto caído e amassado.
domingo, 17 de outubro de 2010
MELANCOLIA DE FIM DE TARDE
A luz morta
De um sol de crepúsculo
Torna a paisagem triste,
Apaga a alma das coisas,
Desbota as horas
Inventando noites,
Vazios e sonhos...
Quase não existo
Afogado
Na paisagem triste...
sábado, 9 de outubro de 2010
ALÉM DA SOCIEDADE
O cotidiano dizer
De vazios
Que define
O estar entre os outros
Em ilusões de sociedade
Jamais me bastou.
Preciso sempre
Respirar selvagem
A radicalidade das sensações de mundo,
Marcadas no corpo
Em uivos de prazer e de dor...
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