A realidade é apenas uma estranha fantasia
Que contra nossas duvidas sobrevive
Enquanto o mundo acontece.
Seja mais do que o dia a dia,
Faça do teu corpo a vontade
Que define teu pensamento.
A vida só existe
Como revalorização de todos os valores
Na vontade de poder
Do acontecer como corpo , pensamento
E vento
Através da sabedoria do martelo.
Este blog tem por objetivo a critica a razão moderna tal como configurada pela Iluminismo e pelas revoluções industrial e francesa. Ocupa-se, portanto, das tendências culturais e estéticas ditas “irracionalistas”, representadas pelo Romantismo, pelo Simbolismo, Decadentismo, pela filosofia de Nietzsche e Schopenhauer e, posteriormente, pelas vanguardas estéticas européias da segunda dezena do século XX e finalmente o HEAVY METAL...
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
NÃO ACREDITO EM ANO NOVO
Não acredito em ano novo.
Em novas recomeços de vida.
Sei apenas o desafio
Do simples dia seguinte.
Nunca serei perfeito.
Jamais serei satisfeito
E tenho apenas o tempo
Me esmagando na simplicidade
Do passar das coisas.
Não sou feito de rostos bonitos,
Fotos de ano novo
E muito menos de certeza de todas
as coisas.
Eu sou o dia,
O sol e o vento
Que nos define simples e
provisórios
Contra o absurdo do tempo.
Não
acredito em ano novo!
sábado, 26 de dezembro de 2015
ALÉM DA UTOPIA
Sinto a vida como um não lugar
da minha mínima existência,
como um precipício de
pensamentos,
Provisórios e incertos,
Como estratégias loucas de inventar a mim mesmo
Contra toda truculência dos
fatos.
Vivo do riso onírico
Dos meus sonhos de liberdade
Contra todas as imaginações do
mundo
E das misérias das falas
esperanças.
Sou em tudo minha individualidade
E vontade de um dia ser mais que
humano,
Ser gente de alguma melhor ideia de realidade
enquanto o mundo me consome.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
TESTEMUNHO NIILISTA
Me perdi demais dos meus sonhos.
E nem por isso apreendi a
realidade
Concreta e suja de todos os dias.
Aprendi o uivo,
As imaginações selvagens
Contra a sociedade.
Mas todos os meus atos
Dizem apenas a simplicidade
De ser profundo
No raso do dia a dia.
Talvez eu não seja
A melhor pessoa do mundo.
Mas não tenho a ilusão
De me tornar perfeito.
Tudo que faço é vislumbrar
As possibilidades estéticas
De nossa mera condição humana
Em sua total falta de sentido
E significado.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
O SELVAGEM
Não viverei entre os outros
Todas as ilusórias certezas do
mundo.
Serei livre de fantasias sobre
amor, amizade,
Felicidades e sucessos de vida.
Serei apenas a tempestade,
O uivo e o grito.
Estou entre os danados
Que vagam a noite
Em busca de sonhos e delírios.
Não me definam,
Não me olhem nos olhos.
Meu caminho é a liberdade
Que não cabe em seus dias.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
MANHÃ DELIRANTE
Em meio aos silêncios de uma manhã trágica
adivinhava sentimentos no rosto da rua,
administrava agonias
e reivindicava futuros
entre carências e ausências.
vivia de pequenas rotinas,
de provisórios ensaios
de ser outro
no eterno esboço do meu rosto.
Corria contra as vertigens e incertezas
que me engasgavam a consciência.
domingo, 20 de dezembro de 2015
ENQUANTO ME SENTO PARA ESCREVER
Enquanto me sento para escrever
Coisas loucas estão acontecendo
Lá fora,
Pessoas inventam realidades
insanas,
E tudo que tenho é a imaginação
Para não enlouquecer.
O poema quebra a casca do sonho,
Chora o mundo engasgado com o
grito
De tudo aquilo que poderia ser.
Enquanto me sento para escrever
A vida passa por mim em desatinos
Sem que eu possa perceber direito
Todo o absurdo que acontece a minha volta.
O SONO DE HELENA
Gostava de observa-la deitada,
Nua e provisória sobre a cama.
Gostava de admirar seu corpo,
Cada curva, cada traço.
O tempo parecia parar
Em seu sono,
Em sua voluptuosa preguiça.
Teu corpo era puro silêncio,
Concreta utopia do gozo
em meu olhar faminto.
Tudo que eu queria
Era fazer parte dos seus sonhos.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
A FILOSOFIA DE RIR DE TUDO
Quanto mais interajo com os
outros, mas tenho certeza de que não sou a pior pessoa do mundo. Aliais, esse é
o problema. A gente nunca sabe o que esperar dos outros. Vivemos em um hospício
onde as pessoas se aceitam como funções, como instrumentos de certas certezas
de mundo....
È tudo muito triste. Mas já
aprendi a rir dessa merda toda.
Chega uma hora que a gente
valoriza mais um sorriso sincero e torto do que a certeza dos outros.
RECEITA DE AUTÊNTICIDADE
O que torna a vida limpa e
elegante é um pouco de trivialidade, superficialidade e cinismo. Esta é a
receita do sucesso. Mas eu não estava preocupado em ser bem sucedido. Tinha
problemas maiores. O primeiro deles era meu próprio eu desfeito no espaço dos
outros.
Perdemos muito tempo nos
posicionando em relação aos outros, quando tudo o que realmente importa é resolver nosso existencial estado de guerra
civil.
É preciso descobrir o quanto a nossa
própria vida é suja, onde estão os nossos limites. Depois disso a gente
dispensa o inferno dos outros, aprende a viver no abrigo natural de nosso próprio rosto a margem das
multidões.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
A CIDADE E OS TELHADOS
Os telhados sempre dizem uma cidade
Melhor do que suas ruas.
Mas somos pequenos demais para
observa-los.
Ou a cidade é maior do que qualquer um de nós.
Nem nos enxerga em suas urgências
de vidro e concreto.
A cidade não tem alma.
É apenas um amontoado de gente
fazendo coisas
Ou se escondendo em apartamentos
e casas.
Tudo que sei é que queria estar
Em qualquer outra parte do mundo
Sem ter nenhuma janela para me
dizer a rua.
Talvez fosse até mais interessante
habitar um telhado
Bem acima da multidão .
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
INTIMIDADE
Intimidade era você em meu pau
E eu em tua boceta
Explorando materialmente
Sem o menor pudor
Toda a verdade que somos.
Sexo sempre dizia mais que um
coito,
Era um ato radical de subjetividade
Onde nos desnudávamos absolutamente
Um para o outro.
Sexo nunca nos pareceu sujo.
Pelo contrário.
Era quando nos sentíamos mais
limpos e livres.
A cama nos irmanava de uma forma
mais intensa
Do que qualquer diálogo.
domingo, 6 de dezembro de 2015
O CORAÇÃO DESVELADO
É
fato que a vontade sucumbe ao desejo.
Somos escravos da necessidade,
Do irracional impulso para o
imponderável,
Para o não razoável.
Nenhuma razão nos inspira
No mais intimo de nossas
entranhas.
Somos bestas que se perderam de sua própria animalidade.
Fomos desfigurados por nossa
condição humana.
Mas mesmo assim, não superamos o
desejo
Como essência de nossos atos e
pensamentos
Mais profundos.
Por tudo isso estamos condenados
A viver de pequenas angustias e
dissabores
Em constante luta contra nós
mesmos.
sábado, 5 de dezembro de 2015
SOBRE O MUNDO ATUAL
Faz alguns anos aprendi a não
viver de certezas,
A não respirar ideias perfeitas
Nem cultivar vaidades
Contra o absurdo da existência.
Aprendi a viver de mortes
periódicas
E ocasos de razão provisória.
Convivo serenamente com meus
vazios,
Com minhas angustias e silêncios
de vida.
Fui reduzido ao desafio da mera
sobrevivência diária
Em um mundo que já não tem
ouvidos,
No qual muito pouco vale a pena.
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
MEU NOME É LÚCIFER
Dentro de mim mora um demônio
Que acende a chama da vida
A cada dia em que desperto
Sem acreditar em nada,
Desprezando todas as antigas verdades,
Toda tradição de imbecilidade
Que ainda norteia a consciência humana.
Em meu peito bate a duvida e o incerto
No correr do meu sangue
contra toda certeza.
Eu sinto o vazio e o vento
Que arrombam as portas do medo.
Eu
sou Lúcifer, caído e libertado.
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