quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O FUTURO DA TRANSGRESSÃO E O FUTURO DA LIBERTINAGEM

A linguagem da transgressão encontra em cada época uma nova gramática. Mas enfrenta , sempre um mesmo inimigo, a inercia das tradições inspiradas na moral judaico cristã e todas as formas de concepção de mundo delas derivadas, principalmente as que definem o corpo como um tabu.

A audácia de pensamento e a busca pela liberdade inspiram os detratores da moral em sua cruzada contra a hipocrisia e os obscurantismos oriundos das inercias comportamentais que a tradição sustenta.

O escárnio, o burlesco, o destemperado, o excesso, o proibido e o maldito ganham cor nas imaginações e textos daqueles que transformam textos em granadas e a linguagem em crime.

O divino Marques de Sade permanece como  o mais ilustre dentre os que se voltaram contra as velhas certezas e cretinizações pseudo eternas. Mas falando aos temos de agora, é preciso reencontrar  e reinventar a literatura como escândalo e escarnio.


Afinal, a “boa sociedade” ainda merece ser insultada pelos rebentos da libertinagem esclarecida. 

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