Acabamos na cama sem muita
cerimônia.
Ela esfregava os seios na minha
cara e pedia para que eu lhe chupasse a boceta como todas as outras. Usava o
recurso do gemido fingido para se excitar. Mas na verdade era frigida. Sua boceta permanecia enxuta apesar de todos
os meus esforços.
Tentava proporcionar algum
verdadeiro prazer aquela mulher. Percebia que desesperadamente em meio aquele
teatro ela também se esforçava pelo gozo. Mas era inútil. Uma trepada
satisfatória estava além de nossas possibilidades.
Sexo não era bem o que ela
queria. Mas era a única moeda de troca que conhecia para desfrutar da companhia
de alguém. Ao mesmo tempo em que me sentia mal com aquela situação, nutria uma
profunda compaixão por aquela mulher. Podia imaginar as coisas terríveis que
ele deveria ter vivido para se submeter aquilo.
No fundo éramos parecidos. Fazíamos o melhor uso de nossos poucos
recursos para manter alguma humanidade em nossas vidas. Mesmo que degenerada.
Nada vale muito a pena, a final. E a vida é o que pode ser. Não aquilo que a
gente quer. Já não se pode esperar muito dos outros. Então a importância das
pessoas se resume ao instante de uma trepada. Mas é claro que estamos buscando
sempre algo mais que isso.
Fizemos sexo morno a noite toda e
pela manhã nos despedimos sem saber direito para onde ir. Não pretendia vê-la
de novo. Mesmo assim combinamos repetir a coisa outro dia. Não teríamos certamente
nada melhor para fazer.
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