Nossa existência é um continuo
ato de exteriorização, de acontecer em mundo. Não há uma fronteira fixa entre o
dentro e o fora pois, através da consciência, somos através das coisas. O eu é este ponto de
encontro entre a minha singularidade e a multiplicidade da existência. Minha
existência é um existir conjunto e não pode ser definida isoladamente. Mas só
posso considerar e perceber o mundo a partir de mim mesmo.
Mas se o mundo me antecede e
ultrapassa, qual o valor de minhas considerações pessoais? Pois são elas mesmas
uma consideração do mundo e não de mim mesmo fora daquilo que me diz o mundo.
A loucura é o deslocamento de si
mesmo ao deslocar o mundo como
realidade. Mas não é isso aquilo que buscamos através da construção de uma imagem estética do mundo? Não serve a arte
justamente para extrapolar a realidade?
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