terça-feira, 4 de agosto de 2015

TEMPO DE SOMBRAS

Normalmente duvido de mim mesmo tanto quanto duvido do mundo e das pessoas. Sei o quanto as coisas vão mal e o quão impossível é a possibilidade de que eu mesmo corresponda as minhas próprias e mínimas expectativas. Isso, se ainda guardo alguma amaçada no fundo do bolso traseiro.

Ontem fiquei acordado em meio aos meus restos de vida sofrendo de desconforto. A insônia, todos sabem, é apenas efeito de um certo desconforto ou ansiedade que nos invade o corpo. Ela é como as sobras do dia queimando dentro da gente durante a madrugada.

Há muito sobre o que pensar hoje em dia e muita pouca disponibilidade para o sentir das coisas. A cultura anda poluída por sombras pela sombra de medos, angustias e certezas as mais diversas. Vivemos todos tempos difíceis.


Mergulhamos cada vez mais no lugar comum da falência de nossas melhores expectativas. O futuro promete ser breve, quase um relâmpago.

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