Sei que não sou mais um eu,
Que me despi de identidades
E me abandonei a paisagem.
Que me despi de identidades
E me abandonei a paisagem.
Indiferente ao mundo atravesso o tempo,
Procuro ambiências
Fugindo dos fatos.
Procuro ambiências
Fugindo dos fatos.
Nada acontece em mim.
Percebe-me ausente.
Escapo na primeira pessoa
Da pedra que me observa.
É ela quem diz o verso
Que enfeita o silêncio.
Percebe-me ausente.
Escapo na primeira pessoa
Da pedra que me observa.
É ela quem diz o verso
Que enfeita o silêncio.
A pedra é o mundo
Que sabe o eu.
Ela é o paradoxo
Do meu corpo transformado
Neste dizer abstrato.
Que sabe o eu.
Ela é o paradoxo
Do meu corpo transformado
Neste dizer abstrato.
A pedra é sempre outra pedra,
Outro lugar,
Outro tempo.
Ela nunca acontece em si.
Outro lugar,
Outro tempo.
Ela nunca acontece em si.
O eu está dentro da pedra.
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