Toda racionalidade é teleológica, um
esquema mental destinado à domesticação dos fenômenos que configuram a
realidade. Trata-se de um artifício
destinado a construção de sentido e significado que define aquilo que muito
inapropriadamente denominamos “objetividade”.
A realidade nos é acessível através da
valoração (sentimento) e da intuição ( expectativa subjetiva) mais do que
através de nossas abstrações racionais. O
que muito nos dá o que pensar sobre o modo como nossa consciência se inscreve
no contexto de qualquer representação coerente do real.
O pressuposto de tal reflexão,
evidentemente, é uma total desconsideração do conceito de Ser e Verdade, herdados da Metafisica, mas que ainda norteiam as estratégias contemporâneas de
racionalização e validação dos enunciados. A razão não passa, no final das contas, de um juízo de valor e de um consenso estabelecido para assegurar sentido a realidade. É apenas um artificio tão limitado quanto a crença ingênua em um principio ordenador do universo.
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