Nunca tive a pretensão de me tornar um pensador profissional, um destes
estranhos seres humanos cuja principal atividade é engasgar consigo mesmo e
vomitar o mundo através da linguagem.
Sempre me vi tropeçando no entulho da verdade como principio caduco da arte do
pensamento.
Dentro de mim existe um abismo entre consciência e existência, entre as
palavras e as coisas. Sempre me
confrontei com o inteiramente outro da linguagem como um fantasma, com um outro
eu a ser explorado até o limite de toda definição possível de existência.
Desconhecer a mim mesmo sempre foi minha mais clara ocupação no simulacro possível
de qualquer estratégia de identidade.
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