Em um sonho sombrio
De uma madrugada de verão
Via a face tenebrosa do deus cristão.
Soube sua grotesca humanidade,
Seus delírios megalomaníacos de salvação,
De sua aversão a criação e a sua própria condição enferma
De divindade.
Eu vi a ideia de bem como um poder nefasto
A corromper a humanidade.
E ouvi do diabo as
mais lúcidas lições
De desespero
Contra o caos imposto por aquele criador
Ferido de morte pelo tempo e espaço.
Soube que todo universo se voltou contra aquele deus vaidoso,
Que espantado diante da sua própria obra
Recuou medroso e furioso.
Tudo aquilo que existe grita contra este deus
Que se rebela contra a superioridade dos seus próprios
filhos.
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