segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

OPUS




Mesmo que as mãos de um artesão
não hajam sozinhas,
que todo corpo seja parte
dos ritos do artífice,
que a matéria que ele transforma
seja sua própria essência,
ou micro cosmos do mundo,
tudo começa através das mãos...

O que posso fazer com minhas mãos?
Conquistar, criar, saber...
Talvez algo além?

O que podem, afinal, minhas mãos?
O que ainda permanece incriado
Através do silêncio de nossas mãos?




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