Busco um
reencontro com minha própria existência.
É como se ao longo dos anos as exigências concretas de
realização pessoal e adaptação ao mundo tivessem subtraído de mim algo de
essencial. Mas não sei dizer exatamente do que se trata. Não é algo passível de
codificações muito claras ou determinações conceituais. Apenas é claro que há
uma falta ontológica que me define, um vazio, que transcende minha
subjetividade. É como se meu próprio eu fosse uma simulação, uma invenção precária
que não se sustenta diante das multiplicidades da experiência concreta de viver.
Vislumbro alguns lampejos de infâncias. Algo informe as vezes me visita, me
busca como um duplo de minha incerta condição humana
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