De certa maneira, o mundo anda
dividido entre os cansados de amar e os cansados demais para amar. Ambas
compartilham o mesmo desencanto, o mesmo silêncio. A contemporaneidade tem se
revelado um bom tempo para os solitários, para os que buscam apenas um
vislumbre de espelho, um golpe de olhar sobre a própria incompletude e
narcisismos.
Atualmente temos muito pouco a
dizer uns aos outros e muito a fazer por nós mesmos. Relacionamentos não nos
acrescentam muita coisa quando estamos mais preocupados em sentir nosso próprio
peso, inventar vivencias, explorar nossa
própria intimidade. Sabemos cada vez menos sobre nos mesmos. Só podemos nos
superar na medida em que nos esgotamos.
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