sexta-feira, 5 de maio de 2017

DESESPERO E EXISTÊNCIA

Minha vida é um estado de inquietação permanente,
Um desassossego sem limites
E que me transborda em tempo e espaço.
Não caibo no eu que me prende
E aprisiona o corpo aos artifícios culturais,
Ao jogo dos sentidos e do pensamento.
Não me conformo as paredes de um eu
Que me esconde de mim mesmo
Através do social,
Dos sufocantes atos coletivos
De desesperada sobrevivência indiferenciada.
Não tenho alma,
Não faço sentido e não sou razoável,
Pois não sou racional.

Sou pleno apenas em meu desespero existencial.

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