Nossa vida perceptiva é definida
por projeções e grandezas psíquicas. A natureza do real nos escapa na medida em
que não somos capazes de objetivar nosso eu e caímos nas armadilhas de
grandezas impessoais e no franco domínio das opiniões. Pensar exige autocritica
e auto observação, uma apurada sensibilidade para nossos limites cognitivos,
mas sempre tendemos a mimetizar opiniões e comportamentos socialmente
estabelecidos sem a devida ponderação cuidadosa de suas implicações coletivas.
A objetividade não existe em
nossos enunciados. Somos nossos próprios objetos, nossas vitimas. Seria
adequado considerar com seriedade o papel que a imaginação e a fantasia exerce
sobre nossa consciência e percepção. Nosso comportamento, afinal, não é
inspirado por esta estranha magia que chamamos de racionalidade.
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