Durante algum tempo preferi me exilar voluntariamente da realidade.
Nada tinha a perder ou ganhar entre os outros e as coisas cotidianas.
Até mesmo existir não fazia qualquer diferença.
Apenas sabia que o tempo passava e não me levava a qualquer lugar de
vida.
Tudo era um grande deserto diante do qual era preferível o mais
profundo silêncio.
Eu não queria participar de nada. Não queria estar em parte alguma.
Também não queria ou pretendia qualquer coisa.
Tudo ia de mal a pior.
É nessas horas que percebemos a fragilidade de tudo aquilo que somos ou
fazemos, o quanto a insignificância é aquilo que melhor nos define. Que tudo aquilo que nos faz levantar da cama
pela manhã não passa de uma medíocre ilusão. A vida não tem significado. Mas
você tem viver como se tivesse. Isso é horrível.
Tudo não passa de um beco sem saída....
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