sábado, 29 de novembro de 2014

UM POEMA DE GRAUCO MATTOSO

Glauco Mattoso integrou  nos anos 80 o coletivo “Movimento de Arte Pornô” no Rio de Janeiro de vida bastante breve mas representativo da herança viva da poesia marginal dos nos setenta e da cultura de vanguarda.
Para o deleite dos libertinos que eventualmente  ofereço este poema do autor  para o deleite  e gozo dos olhos:

SONETO 673 FIMOSADO
“Boquete especialista exige a estreita
Fimose, pra que a glande não atrite.
A pele se arregaça até um limite
Que a língua, na faxina oral, respeita.

Ao bico da chaleira se sujeita
Quem chupa, sem direito a dar palpite.
Sebinho que no vão se deposite
Vai sendo removido, e a boca aceita.

Bombeia a rola, lenta, sob o lábio.
Abrindo-se o prepúcio no vaivém.
A mijo ou sêmem sabe, e o sebo sabe-o.

Humilha-se uma boca muito além
Da suja felação,e, até que acabe-o,
Seu ato animaliza onde entretém.”

GRAUCO MATTOSO

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