segunda-feira, 17 de novembro de 2014

DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS DE UMA REVOLUÇÃO LIBERTINA


Advogo a polemica tese de que o amor deve ser reduzido ao sexo.
Foi ao longo de anos no doce desfrute da companhia de prostitutas que reaprendi e refiz minhas sensibilidades e afetividades físicas. Falo aqui que o afeto é essencialmente demonstrado fisicamente. Pois sentimos e pensamos com nossos corpos e devemos a eles a dignidade de nossos sentimentos.
Apenas os moralistas de primeira e última hora seriam capazes de afirmar hipocritamente que as prostitutas “vendem seus corpos”. Os mais consequentes frequentadores destas nobres mulheres de alcova sabem que elas vendem “fantasias sexuais”. E o que é a gramatica erótica além da liberdade das fantasias que a sociedade partriacal nos diz condenável em nome de uma afetividade amorosa  cinicamente “espiritualizada” e esvaziada de todo erotismo e saudável tesão?!
Quantas vezes, contrariando os protocolos senti uma prostituta empalidecer de prazer entre meus braços contrariando os lugares comuns da profissão... Sim. Pois o amor ali estava na dança de nossos corpos. Amor físico e concreto também traduzido em carinho, sintonia pessoal e outras formas de compartilhamento de subjetividades e afetividades das quais, segundo os bons manuais de etiqueta sexual, só seriam possíveis as mulheres destinadas ao “bom casamento”.
Pois é contra toda conservadora moral idealizadora de nosso amor e prazer contra a qual devemos nos insurgir. Os que ainda caem sob o falso encanto do enamoramento, do apaixonar-se vazio aos quais foram adestrados a sentir, nada sabem sobre os mistérios de Eros e Afrodite.
Bravatas a parte, aqui afirmo apenas que na corte de Eros, amor, sexo e prazer libertino ocupam um único altar consagrado à plenitude de nossa humanidade.
Sejam livres irmãos!

Ousem a liberdade!

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