quarta-feira, 19 de novembro de 2014

QUARTO DE HOTEL BARATO

O quarto não me  reconhece,
Mas a vista para o nada
Na janela aberta
Me cumprimenta como a um velho amigo.

As rotinas continuam lá fora.
Mas aqui dentro
Existe apenas o tumulto
De mil silêncios.

Sou  em  meu eu desfeito
Nas entranhas das coisas
Entre a janela e o espelho.
Pois tudo é raso e provisório.


Nenhum comentário: