sexta-feira, 12 de abril de 2013

PROCURA-SE PROSTITUTA OU A MAGIA DE BARBARA BELA


I
Barbara Bela era uma jovem e esbelta loura de 32 anos cuja profissão era o prazer. Trepar  proporcionava  a sua existência todo sentido de que precisava e, aos longos dos anos, adquiriu uma pericia realmente  singular no oficio. Ninguém sabia melhor do que ela como proporcionar uma boa foda. Ela conhecia todos os truques, as melhores posições, as palavras certas...
Muitos clientes já haviam perdido a cabeça diante dos encantos de sua bucetinha rosada a ponto de estarem dispostos a abandonar  emprego, família e cidade apenas para desfrutar da luxuria daquela divina prostituta pelo resto de suas vidas. Dizem que alguns chegaram ao extremo de  dar cabo da própria existência despedaçados por suas negativas a qualquer possibilidade de se tornar a medíocre rainha do lar de alguém.
 Barbara Bela gostava de ser livre, de impor aos homens suas mais sórdidas vontades através de  infalíveis jogos eróticos que só ela sabia. Certa vez, persuadiu um famoso e poderoso empresário a comer sua merda após uma inesquecível noite de sexo selvagem.
Barbara  era a mais perfeita definição do eterno feminino, uma profana sarcedotisa da grande deusa, como bem definiu certa vez em versos  um famoso poeta que se tornou vitima de seus encantos
PROCURA-SE PROSTITUTA
Procura-se a mulher do dia
Para uma noite de prazeres e orgias.
Procura-se a filha da grande Afrodite,
Que entre as pernas esconde
A absoluta fonte
De todas as alegrias.
Procura-se Barbara Bela,
A pequena rainha vinking
Para a batalha dos corpos
Em embriaguez
Furor, barbárie,
E doce agonia.
Procura-se a buceta de sol.
Definitivamente, Barbara Bela era a mulher entre as mulheres . Nenhum homem que lhe cruzava o caminho era capaz de dizer o contrário.
II
Era inicio de noite de um dia de inverno quando, ao caminho do expediente em uma termas no centro da cidade, Barbara deixou cair os olhos sobre um cartaz abandonado na parede de um bar:
PAGA-SE MULHER BONITA
POR FAVORES SEXUAIS.
PAGA-SE BEM
SE TUDO CORRER BEM.
TENHO 81 ANOS
E QUERO MUITO
UMA BOA NOITE DE PUTARIA
ANTES DE MORRER.
DOU TODAS AS MINHAS ECONOMIAS
A NINFA QUE ATENDER  ESSE ANÚNCIO.
A inusitada proposta despertou a atenção de Barbara. Imaginava o desespero daquele velho brocha para divulgar tal anuncio e, inspirada por um tico de piedade e pela possibilidade de um bom e inesperado dinheiro, cogitou atender ao apelo.
Anotou o numero de telefone ostentado no rodapé do cartaz e continuou sua rotina. No dia seguinte, depois do almoço, decidiu ligar para colher maiores informações sobre a proposta. Uma voz rouca e cansada atendeu do outro lado da linha:
-Alô. Quem esta falando?
-Alô. Meu nome é Barbara. Estou ligando em resposta a proposta de um programa  anunciado em um cartaz.
-Perfeito. Como você é minha gostosinha?
-Sou loura. Olhos verdes. 32 aninhos. Tenho um metro e oitenta, uma bundinha de maça e uma bucetinha de morango. Prazer garantido. É o que todos dizem. Estou encaminhando uma foto minha pelo celular.
Após um riso comedido e quase um minuto a voz do outro lado do telefone respondeu:
-Você me parece bem apetitosa querida. Que tal me encontrar essa noite em meu apartamento? Encaminho meu endereço e o horário por mensagem.
-OK. Mas antes me diga o quanto esta disposto a pagar.
A resposta foi uma pequena fortuna que superava todas as expectativas de Barbara.Realmente ia valer a pena fazer aquele velho brocha feliz.
Naquela noite, trajando um belo e decotado vestido vermelho, como se embrulhada pra presente, Barbara desceu de um taxi em frente a um dos mais luxuosos endereços residências da cidade.
Anunciou-se na portaria e subiu até o apartamento 609 de um luxuoso condomínio. Tocou a campainha e mal conseguiu disfarçar o horror quando um pequeno e idoso corcunda atendeu a porta com um desdentado sorriso nos lábios ressecados e desbotados.
-Oi gostosinha. Meu nome   é Efesto. Entre, por favor;
Barbara relutou um pouco em obedecer paralisada pelo nojo provocado por tão bizarra figurinha humana. Mas pensou no dinheiro em jogo e entrou com um sorriso forçado nos lábios avermelhados de batom.
Não iria voltar atrás. E realmente não voltou.Depois de  meia hora de prosa , molhada por boas taças de vinho  com seu repulsivo Efesto, deixou que ele a beijasse com seus lábios quase leprosos e hálito podre. Deixou que ele a despisse e fizesse tudo. Até comer seu cu.
Em tudo se fez passiva. Em nada lembrava a “deusa Barbara” que normalmente era  em suas aventuras sexuais. Deixava-se ali, como serva e escrava das vontades daquele arremedo de ser humano.
Quando o dia raiou e tudo acabou, pegou sua pequena fortuna e foi embora suspirando de alivio. Tudo aconteceu bem diferente daquilo que ela imaginava que seria.  Tudo fora absolutamente nojento. Vivera no escuro da luxuria daquela noite sua temporada no inferno.
Chegando em casa a primeira coisa que fez foi tomar um demorado  banho. Sentia-se suja, não pelo o que havia feito, mas pela memória daquele corcunda medonho que conduzia ao limite seu profissionalismo.
Aprendemos todos com os antigos gregos a falácia da identidade entre o bem e o belo. A beleza de Barbara sucumbia agora a  feiúra de seu ultimo  cliente.
O banho não lavou aquela amarga experiência. Nos dias seguintes  realizou alguns programas  com outros clientes sem o brilho e pericia que lhe eram características. O trauma da experiência com Efesto não a permitia ser como antes. Estava acabada como garota de programa. Não conseguia mais trepar sem o peso da memória daquele asco.  O que faria agora da vida? Sem conseguir pensar em qualquer alternativa decidiu procurar o pai que não visitava  a vários anos depois que sua mãe morreu.
Quando chegou em seu pequeno apartamento de subúrbio, encontrou-o bêbado  e  entertido pela audição de seus antigos discos de vinil. Debruçado sobre a janela da sala, com o olhar perdido na paisagem, ouvia naquele momento tropical mood merengue  de Sidney Bechet.
Seu pai chamava-se Apolo. Era um senhor de sessenta anos de físico vigoroso e lascivo, Longos cabelos louros  e uma profundidade de olhos azuis que revelavam de imediato a qualquer um sua opção homosexual
Recebeu a filha com um abraço forte. Ela respondeu com um beijo  nos lábios. Depois foram para a cama . Trepando com o pai Barbara Bela esqueceu a experiência sombria com Efesto e se tornou novamente a mulher que sempre foi,   a personificação do eterno feminino de todos os homens.
PROCURA-SE PROSTITUTA
Procura-se a mulher do dia
Para uma noite de prazeres e orgias.
Procura-se a filha da grande Afrodite,
Que entre as pernas esconde
A absoluta fonte
De todas as alegrias.
Procura-se Barbara Bela,
A pequena rainha vinking
Para a batalha dos corpos
Em embriaguez
Furor e barbárie
Procura-se sua buceta de sol.

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