segunda-feira, 22 de abril de 2013

MARQUES DE SADE, NIETZSCHE E A MISERIA MORAL JUDAICO CRISTÃ



A moral dos bons é uma farsa.
Pois a sociedade não é povoado por virtuosos  formatados pelas falácias impostas pelo ethos judaico cristão e sua moral de escravos.
Ela é povoada , ao contrário, por  hipócritas que se curvam a preceitos vazios de falsa virtude  que lhes pacifica a consciência criminosa e religiosa.
A moral cristã não cria santos, mas cínicos, no pior sentido da palavra.
Eis aqui as premissas da critica do Marques de Sade ao conservadorismo do espírito moderno em tempos de reviravolta de todos os valores.
Neste ponto é importante lembrar que

“Entende-se melhor o pensamento sadiano à luz da critica dos valores morais  empreendida por Nietzsche um século mais tarde. O pensador alemão mostra que  etimologicamente  “bom” não vem de “bondade” “Bons” eram os homens distintos , os poderosos que julgavam boas as suas ações  “de primeira ordem”, opondo-se a tudo quanto era baixo, mesquinho e vulgar. Assim, nos romanos, a consciência da superioridade e da distância, o sentimento geral, fundamental e constante de uma raça superior e dominadora, em oposição a uma raça inferior e baixa, determinou a origem da  antítese entre “bom” e “mau”. Por essa etimologia, “bom”, originalmente,  não tem a ver com a ação altruísta e piedosa preconizada pelas ideologias religiosas da tradição judaico-cristã. Para o antigo romeno, bônus (bom) significa “guerreiro”. Eis o sentido dos valores morais  que Sade recupera para o homem republicano. Nietzsche mostra que essa moral positiva dos romanos foi renegada por uma outra, “reativa”, dos judeus que  se “vingaram espiritualmente” de seus dominadores.
Houve assim uma radical  mudança nos valores morais que acabaram sendo invertidos:  os “bons” passaram a ser, na tradição judaico-cristã, os infelizes, os pobres, os fracos, os piedosos e sofredores em geral.”
   ( Contador Borges. A REVOLUÇÃO DA PALAVRA LIBERTINA in  Marques de Sade. A Fiolosofia  na Alcova ou os Perceptores Imorais. SP: ILuminnuras, 2008, p. 236-237.)


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