despido de todos os olhares,
protegido do mundo,
dispondo das coisas,
e territorizando lugares.
Meu corpo quase não me percebe
como consciência.
Ele existe indiferente a tudo aquilo que penso,
mas através de tudo aquilo que faço.
Meu corpo é geografia,
movimento e transformação
de matéria e energia.
Meu corpo é nudez e necessidade
e ignora o olhar repressor
do homem civilizado e adestrado.
Meu corpo será um silêncio
nas aulas de anatomia.
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