sábado, 4 de junho de 2022

PALAVRAS

As palavras não são navalhas.
Apesar de toda carnificina analitica,
as palavras são  como flores,
Incertas e sedutoras,
na transcendência do objeto
através da morte do sujeito.

Onde elas enfeitam nossa percepção 
não há lugar para representação. 

As palavras são inimigas do poder do verbo
na medida em que são  múltiplas,
ingovernaveis.

Fora da prisão do texto
ou da ilusão  do livro
elas jamais respeitam a realidade.

As palavras sempre estarão a margem da lei.







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