segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

POEMA QUASE SATÍRICO



Gosto das algazarras dos ditos risonhos,
das bravatas, piadas, ironias e deboches
que tanto agradam ao gosto popular.

Para a multidão
Nada merece demasiado respeito.
Nenhuma verdade tem valor de sagrado
ou é imune ao espirito zombeteiro.

Tudo que é humano ou divino
é ridículo.
Assim gritam os cínicos e  sátiros
através dos tempos
contra o amoralismo hipócrita das autoridades,
e perversões da boa sociedade.

Um riso barroco ainda alucina
num jogo de luz e sombra
nossa consciência contemporânea
na contramão do bem e do mal
através das comédias de Plauto.


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