Há
dizeres que escutamos como uma canção.
Pequenos
versos e frases simples,
com
larga superfície e texturas,
que
nos agradam os olhos e sensibilidades.
Não
falo de frases feitas e previsíveis,
muito
menos de lugares comuns
ou
versos melódicos e transparentes.
Sei
dizeres quase sem sentido,
desconcertantes
e provocantes,
que
nos inspiram pensamentos outros,
sentimentos
e valores dissidentes.
Adjetivos
multiplicam-se a margem da frase,
povoam
notas de rodapé, anotações marginais,
a
um texto jamais escrito.
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