terça-feira, 13 de novembro de 2018

CONTRA DISCURSO



O tom solene ou pretensamente verdadeiro de uma narrativa tenta nos impor uma consideração respeitosa. Como se qualquer palavrório rotulado de científico, de pesquisa, fosse merecedor de nossa devoção e submissão.

Mas já faz tempo que aprendemos a duvidar de todos os discursos emancipatórios ou simplesmente atestadores de qualquer autoridade.  Reivindicamos a mais radical liberdade gramatical, o mais sincero e franco nonsense. Não pretendemos dizer a verdade. Nossas palavras são como fumaça, pretendemos a dissonância  cognitiva, a confusão verbal e todas as formas de terrorismo linguístico. Jamais seremos enganados pelos defensores do sentido e da representação. Joguem a fogueira todos os seus livros!

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