Vejo o corpo humano como uma
entidade múltipla através da qual o mundo acontece como expressão humana. Desta
forma não separo natureza e cultura. Pelo contrario, considero a cultura um
apêndice da natureza, um, derivado da interação do corpo com a exterioridade.
Viver é um complexo processo de interiorização das coisas, um fluxo entre
interior e exterior que atravessa o corpo como processo, como articulação
ilusória de um complexo de moléculas, de um ordenamento físico provisório que
somos nós.
O corpo é através de seus
predicados e de seus efeitos. Ele nos propicia a ilusão de que somos. Toda
história da filosofia é o resultado do equivoco do Ser como obscura projeção da
realidade do corpo.
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