quarta-feira, 17 de outubro de 2018

A MISÉRIA DAS CONVICÇÕES


Podemos eventualmente nos equivocar sobre qualquer tema ou assunto. Podemos até mesmo cultivar um equivoco e defende-lo fervorosamente. Afinal, como podemos sabê-lo?  

Por isso dou pouco credito a  firmeza de convicção, a credulidade e a defesa apaixonada de qualquer principio ou tese. Não há nada  que mereça certeza, que não fomente algum tipo de duvida. Na vida do pensamento tudo é provisório e existe sob o signo do inacabamento.

Além disso, há tantas convicções quanto existem cabeças pensantes.  Elas não são relativas, mas redutíveis a incerteza. Apenas os fracos se apegam demasiadamente as suas convicções. 

Uma postura diletante e descompromissada que reúna circunstancialmente as mais criveis formulações vigentes em uma determinada época, pode ser considerado sofisma. 

Somos amantes da boa retórica e da persuasão, mas contraditoriamente amamos demasiadamente as ilusões de verdade . 

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