Não perdoarei os
atos que me fizeram de objeto.
Conservarei rancor
pelos acontecimentos que definiram minha vida,
Que deram forma
ao meu modo de ser e sentir tão peculiarmente a condição humana.
Tenho horror a
cada pensamento que me toma como objeto.
Faria qualquer
coisa para fugir aos fatos que me domesticaram.
Sinto que há um
outro se debatendo dentro de mim.
Posso adivinhar
todas as suas urgências.
Ele me odeia,
mas se quer me conhece.
Qual de nós, afinal
estará errado?
Ambos detestamos
aquilo que somos,
Aquele que nos
tornamos.
O tempo foi para
nós um castigo.
O que ainda pode
ser onde não nos restam alternativas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário