O tempo livre, o lazer e a vida
privada, não gozam mais em nossa contemporaneidade de qualquer sinal de
autenticidade.
A diversão tornou-se pré moldada.
“viva de modo saudável”, “Vá ao cinema”, “a um determinado show”, “visite tal site”, “seja feliz”... Todo comportamento não produtivo hoje em dia tornou-se um modo de seguir o rebanho. A vida
cotidiana revela-se um fastio ilimitado contra o qual cada vez menos
conseguimos construir estratégias autênticas de evasão e subversão.
A ideia de controle social já não
passa pela coerção simples, mas pela disciplinalização do ser humano privado em
sua micro física existencial. O indivíduo contemporâneo já não tem muita
preocupação com a autenticidade de sua
existência, com a angustia de sua finitude e nem é capaz de grandes questionamentos.
Ele apenas se serve dos meios
conformistas de lidar com sua irracionalidade oferecidos pela sociedade.
O surto psicótico e a insanidade
parecem ter se tornado a última esperança de uma transformação social realmente sincera.
Deveriamos reaprender a questionar a sociedade com os surrealistas, antes que
se torne tarde demais. Talvez o futuro dependa do uso de alucinógenos.
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