quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

LAZER E CONSERVADORISMO


O tempo livre, o lazer e a vida privada, não gozam mais em nossa contemporaneidade de qualquer sinal de autenticidade.
A diversão tornou-se pré moldada. “viva de modo saudável”, “Vá ao cinema”, “a um determinado show”,  “visite tal site”, “seja feliz”...  Todo comportamento  não produtivo hoje em dia  tornou-se um modo de seguir o rebanho. A vida cotidiana revela-se um fastio ilimitado contra o qual cada vez menos conseguimos construir estratégias autênticas de evasão e subversão.

A ideia de controle social já não passa pela coerção simples, mas pela disciplinalização do ser humano privado em sua micro física existencial. O indivíduo contemporâneo já não tem muita preocupação com a autenticidade de sua  existência, com a angustia de sua finitude e nem é capaz de grandes questionamentos. Ele apenas se serve dos meios  conformistas de lidar com sua irracionalidade oferecidos pela sociedade.


O surto psicótico e a insanidade parecem ter se tornado a última esperança de uma  transformação social realmente sincera. Deveriamos reaprender a questionar a sociedade com os surrealistas, antes que se torne tarde demais. Talvez o futuro dependa do uso de alucinógenos.

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