quarta-feira, 27 de março de 2013

DESESPERO GRAMATICAL

Enquanto escrevo, penso nos grandes e pequenos silêncios que me invadem entre e através de cada palavra.
Impossível atingir um ponto final, dar corpo a um texto,  diante da agonia do não dito, do impossível que a vida impõe  aos gritos desesperados de cada imaginação que acorda a consciência.
Tudo se faz selvagem, ilegível imagem doída, fosca, absurda, capada, contra toda porra da  realidade.
Ao inferno o real de todos os dias! Chega de descabimentos e multidões!
Chega de mundo!
Em tudo serei apenas em retalhos um simples e reles indivíduo!

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