I
Na segunda metade do seculo XX , Camus afirmou que a grande
questão filosófica de sua época era o suicídio. Neste inicio de novo século ,
vivemos em um mundo muito pior do que aquele em que viveu o agora desbotado
filosofo Frances. Razão mais do que suficiente para nos indagarmos: Qual seria
a grande questão filosófica da contemporaneidade?
Após alguns segundos de profunda reflexão uma única resposta
deitou-se nua e sensual no membro
ereto do meu pensamento; FUDEU. ...
Estou certo de que as
mentes obtusas e ralas que compreendem
99 % da escória humana não compreenderá minha numinosa conclusão aqui generosamente compartilhada. Mas espero que o
filho da puta que leia agora a porra destas linhas seja capaz de se esforçar um pouco e
acompanhar a dança dos meus argumentos intempestivos e ejaculados em quase altomação
de escrita.
“FUDEU” é mais do que um imperativo verbal, é uma
alegoria que define o escatológico em seu duplo e niilistico revolucionário
sentido. Remete tanto as questões
ultimas da metafísica como da produção
de merda que no plano elementar define o
exercício humano e animal de ser no mundo.
Somente usamos tal expressão quando
vivenciamos situações decisivas, onde o destino nos escapa das mãos e o fim
parece se impor contra qualquer possibilidade de subjetividade ou opção.
“FUDEU” é aquilo que diz o fatal
da vida, a merda como conceito
filosófico e ontológico paralelo a própria morte.
Porra, FUDEU é o ponto final da
vida ou apenas a constatação trágica de tudo aquilo que fizemos, sonhamos ou queremos nos conduziu apenas ao lugar comum da consciência absoluta do
patético caralho da condição humana.
“FUDEU” é a tomada de consciência
do caos , é o avesso, o escuro e o indeterminado de nossos atos... Aquilo que
nos diz que a condição humana não passa De uma punheta continua na construção de codificações
e significações que nos conduzem apenas
ao eterno retorno do próprio“FUDEU”.
“FUDEU” é tudo o que realmente
importa.
“FUDEU” é o avesso da rebeldia do vômito, é a merda em seu estado
puro e alegórico.
“FUDEU” , porra de leitor, é seu
nascimento e sua morte, sua não existência através dos séculos.
“FUDEU” é a condição
humana em suas metamorfoses e silêncios.
II
Mas o que seria do “FUDEU” se não existisse a beleza mágica do “FODA-SE” , que faz coincidir sujeito e
objeto no somatório somático e sensual do imperativo das circunstâncias e
deslocamentos da subjetividade?
O simples gesto de mostrar em público o riste do dedo
erótico é o mais elementar signo da condição de
elementar liberdade humana que ultrapassa línguas e culturas. Todo ser
humano o compartlha e sabe em seu intimo como basilar expressão do dizer
humano.
Não existe “FUDEU” pleno sem uma imagem de foda-se.
Qualquer possibilidade de gozo contemporâneo pressupõe a
dialética entre o “FUDEU” e o foda-se como ato elementar de revolta pós filosóofica contra os marasmos de
sociedades e valores socialmente estabelecidos; contra as estruturas do
conhecimento cristalizado de todos os tradicionais saberes institucionalizados
e certezas consagradas de mundo.
Pra puta que pariu o mundo! Eu não preciso de mundo! Não preciso de culturas, leis e ordens.
Minha linguagem é o vômito contra tudo aquilo que posa de
certo e limpo sentado em uma privada...
Mas sei que no final de tudo, me espera simplesmente o trágico
de um mero “FUDEU” nas memórias dos meus foda-ses.
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