quarta-feira, 7 de junho de 2023

DECADÊNCIA INFINITA

Quase me lembro
do futuro da humanidade,
de nossas ilusões de progresso
e felicidade,
acumuladas entre as ruínas 
das gerações.

Quase me comovo e anoiteço
caído à sombra de um rosto,
adivinhando quem já fui um dia.

O tempo será sempre o senhor dos enigmas, 
feroz inimigo do poder e da glória
e a alma de nossa decadência infinita.
A ruína da cidade será ditada por alguma racionalidade autoritária e fria.

Nenhum comentário: