no desmedido momento
de uma época inominável,
onde tudo é técnica,
artificio e ilusão.
Todos os dias
o tempo morre na tela do telemóvel
simulando efêmeras eternidades banais.
Ninguém mais tem tempo.
Não há mais tempo
para ter tempo.
O tempo acabou,
e a vida não foi
por falta de tempo.
O relógio silenciou as horas.
Já é quase fim do mundo
no calendário do ano passado.
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