segunda-feira, 27 de setembro de 2021

NOTA SOBRE O FIM DO HOMEM

Nenhum ideal humano mererecerá  no futuro alguma afeição. Pois estamos próximos daqueles dias de terra firme onde o homem e sua razão será considerado, contra todos os juízos, o mais patético equivoco da tradição ocidental. 
 Um animal, afinal, nunca será mais que a natureza, jamais será imortal ou digno da vertigem do chão das estrelas.
Todo platonismo será superado, toda espiritualidade desfeita, no intenso devir do corpo.
Somos extensão, matéria, processo aleatório de misturas orgânicas e inorgânicas, formas sem alma de desejo.
O homem é um sono da consciência.

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