que leio Baudelaire
enterrado no lado turvo da cidade,
embriagado de haxixe e vinho,
ignorando as passantes, os amantes e o porto.
Sonho Satan coroado,
soberano e trimegisto nas encruzilhadas,
ouvindo Thanhauser em Paris.
A alma das coisas
alimenta meu olhar delirante,
minha maldição e meu segredo.
Minha poesia é suja
e fede como o mundo atual.
Meus versos
são tristes flores do mal.
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