terça-feira, 13 de abril de 2021

CONTEMPORÂNEIDADE

Nossos corpos semi mortos,
enterrados na cidade enferma,
contemplam a falência do progresso,
o fim dos tempos históricos,
e do  velho Ocidente das verdades de jornal.

A rua agora é bidimensional,
É parte da tela e do virtual,
no faz de conta da razão pós moderna.

Os conservadores de qualquer ordem das coisas
Revivem o fim do Império Romano,
enquanto os filhos da precariedade respiram os ventos
da nova barbárie. 

Futuros ardem em chamas 
a margem dos desertos dos anos seguintes.
Mas nossos corpos semi mortos 
sabem apenas o presente da agonia urbana,
onde não  é  mais possivel habitar o tempo e o mundo.







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