Tento fugir do olhar do outro no espelho
Para me desvencilhar de mim mesmo.
Preciso escapar a essa consciência
Que me tem,
A esse corpo que é algo
Mais do que eu sou alguém.
Preciso dormir para acordar de mim.
Não ser em todas as coisas,
Estar em todas as partes
na transgressão do corpo,
Na afirmação da minha ausência
como consciência absoluta da matéria,
Como presença do múltiplo e do indeterminado.
Preciso ser incompreensível,
vazio e invisível.
Preciso não existir
para finalmente saber de mim,
ir além da vida e da morte.
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